Jovem grávida morre vítima de AVC hemorrágico. Família alega negligência médica

Segundo a irmã Camila Geraldina dos Santos, Ellen há aproximadamente 10 dias, se queixava de dores na cabeça.


Foto: Arquivo de Família

Ellen Abadia Santos de 21 anos, morreu no final da madrugada, segundo o atestado de óbito vítima de Acidente Vascular Cerebral. Segundo a irmã Camila Geraldina dos Santos, Ellen há aproximadamente 10 dias, se queixava de dores na cabeça. No início da semana passada, ela, por causa de dores, procurou o pronto socorro onde foi medicada com dipirona e liberada.

Contudo, a história começou a se agravar na quinta-feira dia 28 de agosto quando segundo a irmã, ela voltou à procura de atendimento no PS devido a outra forte dor de cabeça, pressão alta e dificuldades para falar, ficando internada até sábado na Santa Casa de Misericórdia onde durante o período de internação recebeu medicação e depois foi liberada. Ao sair, os médicos que atenderam Ellen receitaram alguns remédios para dor de cabeça e para pressão. Na segunda-feira a gestante retornou ao PS por volta de 23h00min onde a jovem passou por um clínico geral que realizou exames de Proteinúria os quais apresentavam valores acima do normal.

Com exames em mãos, Ellen foi encaminhada para o ginecologista José Antônio dos Santos que estava de plantão na Santa Casa o qual teria recusado atender a paciente. Por coincidência, a secretária municipal de saúde que estava no PS manteve contato com o médico para atender a paciente, porém também fora recusada, sendo necessária uma ligação para o diretor da Santa Casa para liberar o novo internamento e assim o médico pudesse atendê-la. Ainda segundo Camila, o ginecologista teria debochado do caso da irmã, dizendo que já conhecia seu caso e que não iria atender, mas como estava sendo “obrigado” ele iria olhar. Ao questionar o que Ellen tinha, ela se queixou da dor de cabeça, pressão alta e dificuldade para falar. O médico avaliou como uma enxaqueca e a paciente ficou internada sem direito a acompanhante de segunda para terça-feira, recebendo alta por volta de 17h00min pelo médico neurologista Aloísio de Miranda que receitou alguns remédios.

No final da madrugada desta quarta-feira, o esposo de Ellen, Genilson Souza ligou para Camila informando que sua mulher não estava bem. Inclusive o Corpo de Bombeiros esteve no local onde a socorreu até o pronto socorro, onde não resistiu e morreu. O bebê de oito meses também não sobreviveu.

Hipóteses

Durante todo o trajeto da gestante foram levantadas hipóteses de eclampsia e aneurisma cerebral (dilatação anormal na parede de uma artéria, a qual é um vaso sanguíneo que carrega sangue rico em oxigênio do coração para outras partes do corpo) sendo que no atestado de óbito a causa de morte assinada foi de Acidente Vascular Cerebral (AVC) ou derrame hemorrágico.

Indignada, a irmã de Ellen questionou o motivo pelo qual não foi feito um exame de ultra-sonografia para se saber como estava a criança nem mesmo um exame mais detalhado.

Sepultamento

O corpo de Ellen e da criança foram sepultados no início da noite desta quarta-feira no cemitério municipal de Patrocínio em clima de muita comoção e revolta por uma possível negligência médica. A jovem deixou uma filha de 02 anos, esposo, pais e seis irmãos.

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