Isolamento continua sendo a principal medida para conter a covid-19 em Minas, diz Secretário de Saúde

Por isso, enfatizamos sempre que o isolamento e o distanciamento são importantes para que todo esforços que estamos fazendo, como adaptar os serviços de saúde, tenham o seu resultado adequado”, afirmou.

Secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral.

Nessa segunda-feira (01), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, apresentou o cenário da doença no Estado e reforçou a importância de seguir as medidas de isolamento para conter a epidemia.

Conforme o Secretário, “é importante entendermos que o isolamento continua sendo, individualmente, a principal medida de controle desta epidemia. Se não tivermos o isolamento e o crescimento for exponencial dos casos, não tem como a capacidade instalada de nenhum serviço de saúde dar conta da epidemia. Por isso, enfatizamos sempre que o isolamento e o distanciamento são importantes para que todo esforços que estamos fazendo, como adaptar os serviços de saúde, tenham o seu resultado adequado”, afirmou.

O Governador Romeu Zema também participou do pronunciamento. Em relação ao número de óbitos confirmados pela doença, o Governador se solidarizou com as famílias que foram acometidas pela covid-19.

“Queria lamentar e me solidarizar com as famílias das vítimas da covid-19, número completado ontem no Estado. Reforço que, com o advento da pandemia, o Estado está fazendo o possível. Gostaria de fazer muito mais, mas, os limites orçamentários nos impõem uma série de limitações. Mas, dentro do possível, estamos fazendo tudo que está ao nosso alcance”, reforçou.

Surtos

Em relação ao acompanhamento de surtos da doença no estado, o secretário informou que a SES-MG acompanha esse fluxo e reforça as orientações aos gestores municipais. De acordo com o secretário, uma epidemia se propaga de duas formas. Uma forma é por meio da propagação continuada, que é aquela caso a caso, onde uma pessoa vai transmitindo para outra. A outra forma é a transmissão de casos pontuais (surtos), onde há transmissão da doença dentro de grupos de pessoas asiladas, agrupadas, dando origem aos surtos.

“Nesse segundo caso há um risco maior de transmissão. De uma forma geral, as nossas orientações são no sentido de toda vez que se há um caso diagnosticado, em que a há a suspeita de um surto, esse surto é tratado com isolamento exemplar, ou seja, todas as pessoas envolvidas devem ser isoladas e testadas. Esses casos fazem parte do grupo de testagem mais ampla que adotamos na SES-MG”, explica.

O secretário também ressalta que todas as vezes que a SES-MG identifica um surto, há uma orientação de todos os serviços de saúde da região a proceder um isolamento mais amplo e também acompanhar a evolução dos surtos. “Como em cidades pequenas temos dificuldades de recursos humanos para a implementação de um equipamento de saúde muito amplo, os atendimentos de maior complexidade tendem a ser centralizados em cidades maiores, com leitos e recursos humanos necessários para os atendimentos.

Entendemos que, mesmo em cidades pequenas, precisamos cercar o surto, para que não venha sobrecarregar o serviço de saúde de uma microrregião ou macrorregião”, disse.

Taxa de transmissão

O R0 é a taxa utilizada para indicar como a epidemia está evoluindo no estado, ou seja, é um parâmetro para saber se a transmissão tem aumentado ou diminuindo. Esse parâmetro avalia a possibilidade de transmissão do vírus por uma pessoa doente para outra. Segundo o secretário, do ponto de vista do acompanhamento de uma epidemia, se uma pessoa transmite para outra pessoa, matemos o nível de transmissão. Se temos uma pessoa que transmite para menos de uma pessoa, entendemos que essa epidemia está em fase de remissão, desaquecendo. Já por outro lado, se temos uma epidemia que uma pessoa transmite para mais de uma pessoa, entendemos que há uma tendência de crescimento. E, se essa tendência de crescimento estiver acima de 2, temos um crescimento exponencial da doença.

“Em Minas, atualmente a taxa de R0 é de 1,42, ou seja, uma pessoa transmite para 1,42 pessoas. Há uma tendência de crescimento da epidemia no Estado, mas não é um crescimento tão exponencial. Se compararmos ao início de março, quando tivemos o início do isolamento, naquele momento tínhamos a taxa de transmissão de 3,5, ou seja, uma pessoa transmitia o vírus para 3,5 pessoas. Efetivamente, de março até agora, tivemos um decréscimo muito grande da transmissão”, explica.

Em complementação, o secretário informou que o acompanhamento também está sendo realizado de forma regional. “Estamos acompanhando a transmissão por macrorregiões e, aquelas macros que estão com a tendência um pouco maior, estamos entrando em contato com os secretários municipais de saúde e orientando sobre a busca de um isolamento maior, para que tenhamos casos pontuais de redução desse índice”, finaliza.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde

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