Inflação no Brasil sobe 4,31% em 2019 pressionada pela carne e fica acima do centro da meta

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou em 2019 avanço de 4,31%.

O choque da alta no preço da carne pressionou a inflação oficial do Brasil durante o ano passado e o IPCA terminou 2019 acima do centro da meta oficial, porém dentro do limite pelo quarto ano seguido.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou em 2019 avanço de 4,31%, acima da alta de 3,75% registrada em 2018, informou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com isso, a inflação ficou acima do centro da meta do governo de 4,25 por cento depois de dois anos terminando o período abaixo.

Mas ainda assim foi o quarto ano seguido em que o IPCA fica dentro do intervalo definido como objetivo, já que a margem estabelecida era de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para 2020, o governo determinou como meta inflação de 4%, mantendo a margem de tolerância em 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em dezembro, o IPCA teve alta de 1,15%, sobre avanço de 0,51% em novembro, na leitura mais elevada para o mês desde 2002, quando o índice subiu 2,10%.

As expectativas em pesquisa da Reuters com analistas eram de alta de 1,08% em dezembro, acumulando em 12 meses avanço de 4,31%.

O último mês do ano foi marcado principalmente pela pressão dos preços das carnes, que exerceram o maior impacto individual ao subirem 18,06% em relação a novembro.

Com isso, o grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 3,38% em dezembro, maior variação mensal desde dezembro de 2002 (+3,91%).

Também se destacou a aceleração da alta de Transportes a 1,54% em dezembro, de 0,30% em novembro, diante dos fortes aumentos dos preços dos combustíveis (3,57%) —a gasolina subiu 3,36% e o etanol, 5,50%.

ANO

No ano de 2019, o preço das carnes disparou 32,40% sobre alta de 2,25% em 2018 devido ao aumento das exportações para a China e à desvalorização do real.

A maior parte do aumento nos preços das carnes ficou concentrada no último bimestre (27,61%), levando o grupo Alimentos e Bebidas a acumular alta no ano de 6,37% sobre 4,04% em 2018.

Transportes, com avanço acumulado de 3,57%, e Saúde e cuidados pessoais, com 5,41%, também se destacaram em 2019. Dos nove grupos pesquisados, apenas Artigos de Residência tiveram deflação em 2019, de 0,36%.

Diante do cenário de inflação fraca, o Banco Central reduziu em dezembro a taxa básica de juros Selic em 0,5 ponto pela quarta vez consecutiva, à nova mínima histórica de 4,5%. Mas indicou cautela em relação aos juros dali para frente em meio a uma retomada econômica com mais ímpeto.

Fonte: Agência Reuters

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