Incêndio criminoso destrói pneus velhos no Planalto e moradores se revoltam
Dessa vez, o incêndio de grandes proporções pode ter sido provocado intencionalmente.
De acordo com Marcos Sebastião Gontijo, morador do bairro, os pneus ficam jogados a céu aberto na avenida Maria Clara Fonseca, podendo trazer problemas para a saúde das crianças e moradores. Ele contou que só dois funcionários reviram os pneus de vez em quando para evitar a proliferação da dengue, mas isso não é o suficiente. Indignado, ele contou que as centenas de pneus acabam acumulando água e ainda podem sofrer com a ação de incendiários.
O fogo atraiu dezenas de pessoas que acabaram pedindo providências das autoridades. Sob a imensa nuvem de fumaça preta, elas pediram um local adequado para o descarte dos pneus. “Essa fumaça é tóxica e todos os moradores ficam prejudicados”, reclamaram. O presidente do Bairro, Jorge Luiz da Silva, disse que estava trabalhando com os garotos no campo de futebol quando viu o incêndio.
Ele correu e começou a retirar alguns pneus para evitar a propagação do fogo, mas as chamas se alastraram rápido e acabaram pulando para outro monte. O Corpo de Bombeiros foi acionado e, juntamente com crianças, homens e mulheres, separaram dezenas de pneus das chamas para evitar que o fogo se alastrasse ainda mais.
Segundo o Sargento Ronaldo, a borracha do pneu é um material altamente inflamável e o certo mesmo era separar o máximo de pneus para evitar a propagação das chamas. “Água não apaga essas chamas. Nem precisa gastar”, informou. Ele contou que o incêndio foi mesmo criminoso. “A pessoa que nos acionou disse que viu alguém colocando fogo nos pneus”, afirmou o bombeiro.
Segundo Jorge Luiz, a proposta das autoridades era que uma carreta buscasse os pneus quando atingisse 300 unidades, mas que isso não vem acontecendo. “A quantidade acumulada aqui é muito maior”, ressaltou. Ele suspeita de que o incêndio tenha sido criminoso para forçar as autoridades a tomarem alguma atitude quanto ao problema que se arrasta desde o incêndio que destruiu o barracão onde funcionava o ecoponto.
Autor: Farley Rocha