Impasse em atendimento a garoto que bebeu ácido pensando ser refrigerante vira caso de Polícia

Inconformado com a situação, o médico que veio acompanhando a criança acabou acionando a Polícia Militar.

Viaturas da Polícia Militar foram para o Hospital Regional para intermediar o impasse.

O atendimento a um garoto de apenas 10 anos que chegou a Patos de Minas em estado grave após ingerir uma espécie de ácido gerou um grande impasse. Embora seja referência para toda a região, o Hospital Regional não dispunha de um pediatra na noite dessa sexta-feira (21). Inconformado com a situação, o médico que veio acompanhando a criança acabou acionando a Polícia Militar.

A família mora em uma fazenda, mas o incidente aconteceu em uma casa no distrito de Brejo Bonito. O garoto de 10 anos e um irmão de 15 anos acompanhavam a mãe que foi contratada para fazer faxina em uma casa. O garoto viu o líquido em uma garrafa pet e pensou ser refrigerante. Ele bebeu o chamado LAT 300 e começou a passar mal. O irmão mais velho é que viu o estado do garoto no quintal e chamou a mãe.

A criança foi levada para Cruzeiro da Fortaleza e teria sido encaminhada para o Hospital Regional através da central de regulação do SUS Fácil, com a chamada Vaga Zero, que é para casos de urgência. Mas chegando em Patos de Minas, o atendimento não foi o esperado. O Hospital informou que não havia pediatra de plantão e chegou a cogitar o retorno da criança. Foi aí que o médico que acompanhava o garoto deicidiu acionar a Polícia Militar.

O incidente aconteceu por volta de 16h00. A Polícia Militar foi acionada após as 19h00. O caso do garoto era bastante grave. Mas sem outra alternativa, a direção do Hospital Regional decidiu dar prosseguimento ao atendimento. O médico Alfredo Nakao informou que o caso é grave e que o Hospital não dispõe de todos os recursos necessários para tratar a criança. Além disso, segundo ele, o Hospital Regional sofre com a falta de médicos, principalmente de pediatras.

Segundo o diretor técnico, o Hospital Regional perdeu três pediatras e não houve contratação para suprir essas vagas.. Ele informou que a situação já foi repassada ao Governo do Estado, que administra o Hospital Regional, a Secretaria Municipal de Saúde e também ao Ministério Público e não descartou que problemas como este voltem a acontecer.

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