Homem que matou professor com mais de 60 golpes de faca e tesoura é condenado pelo Júri
A pena foi fixada em 8 anos e 4 meses de prisão, mas Leandro Caixeta, que confessou o crime, poderá recorrer em liberdade.
Depois de um dia inteiro de depoimentos de testemunhas e de argumentação de defesa e acusação, o Tribunal de Júri da Comarca de Patos de Minas decidiu pela condenação do homem que matou o professor Gilmar Eustáquio da Silva. A pena foi fixada em 8 anos e 4 meses de prisão, mas Leandro Caixeta, que confessou o crime, poderá recorrer em liberdade.
O assassinato aconteceu no dia 23 de setembro de 2009. O professor Gilmar Eustáquio da Silva foi assassinado com 67 golpes de tesoura e de faca dentro do próprio apartamento em que morava na rua Djacui, no bairro Aurélio Caixeta. Uma das tesouras usadas no crime ficou cravada na nuca do educador. Leandro Caixeta Alves confessou o crime, mas ficou preso apenas alguns dias e só agora o julgamento foi marcado.
Nesta manhã, familiares do professor Gilmar fizeram um protesto na porta do Fórum e cobraram por Justiça. O Ministério Público pediu a condenação de Leandro Caixeta por homicídio e também por furto, já que o dinheiro de um consórcio que Gilmar tinha acabado de receber não foi encontrado.
A defesa, no entanto, alegou legítima defesa. Segundo o advogado Denilson José Martins, Leandro foi assediado pelo professor Gilmar, houve um desentendimento e ele acabou matando o educador. A defesa também destacou que Leandro é réu primário, tem bons antecedentes e um bom comportamento junto a sociedade.
Houve réplica e tréplica e o julgamento entrou pela noite. Já passava das 19h quando foi anunciando o veredicto. Leandro Caixeta Alves foi condenado a 8 anos e 4 meses de prisão, mas recebeu o benefício de poder recorrer em liberdade.