Gestante agredida pelo companheiro é socorrida pela PM em Lagoa Formosa; ambos presos em flagrante

Caso expõe complexidade da violência doméstica: vítima recusou medidas protetivas e justificou agressões

Um homem de 31 anos e sua companheira de 26 anos, que está grávida, acabaram na delegacia em Lagoa Formosa, após grave episódio de violência doméstica na noite dessa desta terça-feira (15). O caso revela agressões mútuas e ameaça com faca.

De acordo com informações da Polícia Militar, por volta das 20h , a mulher procurou a PM ferida, relatando que o companheiro – com quem mantém relacionamento há um ano e é pai do filho que espera – a agrediu com chutes, tapas e socos durante discussão na residência do casal. Conforme o relatório, ela apresentava escoriações na cabeça, braço, tronco e barriga. A vítima afirmou que as agressões são recorrentes e que o companheiro já teria batido em seu filho de 3 anos, fruto de relacionamento anterior.

Em depoimento à autoridade policial, ela detalhou que o companheiro a ameaçou com uma faca, embora tenha recuado ao declarar: "Ele não me ameaçou [...] peguei o objeto para me defender". Minimizando o episódio, justificou que o companheiro estaria sob efeito de drogas e pediu que ele não fosse preso: "Ele é uma boa pessoa e não deixa faltar nada para mim e meu filho".

Ele preso pela PM após rastreamento, apresentava escoriações e alegou legítima defesa: "Ela tentou me atingir com a faca; tomei o objeto das mãos dela". Optou por permanecer em silêncio durante o interrogatório na Delegacia de Polícia Civil. Ele tem antecedentes por roubo e trabalha como servente, com renda mensal de R$ 1.500.

O Formulário de Avaliação de Risco preenchido pela PM aponta padrões perigosos: ele já agrediu o filho da companheira; controla rotina da companheira ("persegue, ciumento excessivo"); vítima já sofreu violência na gravidez (fator de alto risco); e ela depende financeiramente do agressor e recusou abrigo.

Ambos foram encaminhados ao Pronto Atendimento médico. O caso foi registrado como "lesão corporal cometida em razão da condição de mulher". Mais esse caso ilustra desafios no combate à violência doméstica: mesmo com ferimentos visíveis e histórico de agressões, vítimas frequentemente hesitam em romper o ciclo. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (2024) indicam que 76% das mortes violentas de mulheres ocorrem após repetidas denúncias ignoradas.

"A dependência econômica e emocional dificulta a ruptura. É crucial que a rede de apoio atue mesmo contra a vontade momentânea da vítima", apontam especialistas. As vítimas de violência doméstica podem buscar ajuda via 180 (Central de Atendimento à Mulher); 190 (Emergências Policiais); ou no aplicativo SOS Mulher (registro eletrônico de ocorrências).

Últimas Notícias

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais

Senac Patos de Minas abre inscrições para Programa de Aprendizagem Profissional 2026

Veja mais

Homens que mataram mulher trans em estacionamento em Patos de Minas são condenados

Veja mais

Temporal volta a causar transtornos e moradora se desespera ao ver sua casa sendo tomada pela água

Veja mais