Galpão do Produtor tem consumo de drogas, prostituição e comerciantes relatam transtornos

A reportagem ouviu comerciantes que pedem uma providência urgente e autoridades do município que relataram os esforços e as dificuldades de fazer do Galpão do Produtor um lugar sem transtornos.

A perturbação de sossego no Galpão do Produtor Rural tem tirado o sono de moradores e comerciantes das imediações. O Patos Hoje recebeu reclamações e conversou com autoridades sobre o problema. São relatos de perturbação do sossego, consumo de drogas, prostituição e dano ao patrimônio. A reportagem ouviu comerciantes que pedem uma providência urgente e autoridades do município que relataram os esforços e as dificuldades de fazer do Galpão do Produtor um lugar sem transtornos.

O Galpão do Produtor Rural foi construído na década de 90, na gestão do então prefeito de Patos de Minas Antônio do Valle. O espaço, que fica ao lado do Terminal Rodoviário e da Lagoa Grande, o principal cartão postal de Patos de Minas, e que é palco de feiras e eventos beneficentes, hoje divide espaço com moradores de rua, usuários de drogas, prostituição e muita perturbação de sossego. Imagens que foram registradas mostram a movimentação de compra e venda de drogas além do desrespeito com o patrimônio público. Segundo os comerciantes, eles se aglomeram e passam a madrugada toda no local.

De acordo com uma comerciante que preferiu não se identificar, está ficando cada dia mais insuportável a presença de usuários de drogas e moradores de rua no local. “Eles gritam, falam palavrões, xingam, usam drogas e a gente fica de mãos atadas porque o que nós podemos fazer? ” Ainda segundo ela, possui uma idosa em casa e que quase todos os dias se sente mal devido ao forte cheiro de droga e a algazarra promovida pelos usuários que ficam no local. “Ela pede para que a gente saia daqui, mas infelizmente nós não temos para onde ir, como abandonar nosso comércio e nossas vidas aqui? O que nós precisamos é de uma providência urgente por parte das autoridades” disse ela.

De acordo com o Tenente Cleuber, a Polícia Militar vem desenvolvendo uma série de ações para minimizar o problema causado pelas pessoas que frequentam o Galpão do Produtor Rural principalmente no horário noturno. “Foi colocada uma câmera do olho vivo para fazer o monitoramento, nós temos também a Base Comunitária Móvel que fica na Orla da Lagoa e sempre dá apoio nas imediações, além de abordagens e verificação em nossos sistemas das pessoas que ficam ali” relatou o policial.

Nossa reportagem conversou também com o Administrador do terminal rodoviário Davi Murillo. Segundo ele, não é apenas a compra e a venda de drogas que incomoda e cita a prostituição. “O que nós observamos é que a noite isso aqui virou ponto de prostituição e a maioria são pessoas menores de idade. Todos os dias nós acionamos a Polícia Militar porque chega um ponto que não dá para gente suportar” disse ele. Além disso, Davi conta que fechou o banheiro da rodoviária para banhos masculinos com intuito de diminuir a perturbação de sossego.

Segundo a Secretária de Desenvolvimento Social, Jorgiane de Sousa, O município faz o monitoramento principalmente das pessoas em situação de rua e procura auxiliar da melhor forma. De acordo com ela, o direito de ir e vir dessas pessoas não pode ser interrompido e a secretaria vem trabalhando para garantir que eles tenham uma vida mais digna. “Nós monitoramos essas pessoas, realizamos cadastros junto ao CREAS e disponibilizamos passagens de volta para cidade deles quando não são daqui. Quando são pessoas de Patos de Minas, nós buscamos entender de onde vieram e porque estão em situação de rua” disse ela.

Jorgiane ainda complementou a respeito da Casa de Promoção Humana, desativada em 2020. “A casa não era conduzida de forma adequada, não tinha a equipe técnica exigida pela gestão do SUS, e agora o que nós estamos trabalhando é em estruturar, ainda esse ano, o serviço com a contratação de um hotel social para as pessoas ficarem abrigadas por um determinado período”. Jorgiane ainda disse que a principal dificuldade em trabalhar nesse sentido é a não aceitação dos próprios indivíduos. “Muitas vezes eles não querem ajuda e nós não podemos obriga-los a aceitar os auxílios do poder público”.

A Polícia Militar, a Secretaria de Desenvolvimento Social e as demais autoridades pedem para que a população continue denunciando pelos números oficiais e não contribuam com esmolas. Ao perceber algo de ilícito o cidadão deve ligar imediatamente no 190.

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