Federação do Comércio diz que entende Onda Roxa, mas cobra medidas para socorrer o setor

A decisão, válida por 15 dias, foi anunciada na manhã desta terça-feira (16) pelo governador Romeu Zema.

A partir desta quarta-feira (17), todas as macrorregiões de saúde mineiras estarão na onda roxa, a mais restritiva do programa Minas Consciente. A decisão, válida por 15 dias, foi anunciada na manhã desta terça-feira (16) pelo governador Romeu Zema. Entre as medidas estão o funcionamento limitado aos serviços essenciais; a adoção do toque de recolher entre 20h e 5h; a implantação de barreiras sanitárias; e a proibição da circulação de pessoas sem máscara, da realização de eventos públicos ou privados ou de reuniões presenciais.

“Ciente da gravidade do momento, marcado pelo crescente número de casos de Covid-19 no estado, a Fecomércio MG compreende a decisão tomada pelo governo de Minas Gerais. No entanto, a entidade – que representa cerca de 580 mil empresários do comércio de bens, serviços e turismo – alerta que o setor terciário pede socorro”, diz a nota da entidade.

A Federação explica que os empresários não conseguem mais arcar com as obrigações financeiras sem o apoio governamental e união das esferas federal, estadual e municipais. “Por isso é preciso adotar medidas financeiras, como prorrogação e revisão das taxas de empréstimos, além da votação da emenda constitucional que permite a volta do programa de suspensão de contratos e redução de salário e jornada”, sugere a Fecomércio-MG.

Em Patos de Minas, a situação dos comerciantes é ainda mais dramática, uma vez que a Prefeitura já havia adotada medidas restritivas antes da regressão da região para a onda roxa. Se em algumas cidades o comércio de itens não essenciais permanecerá fechado por 15 dias, aqui a proibição do funcionamento será por 45 dias.

A Federação ressaltou a urgência na definição e adoção de medidas que contribuam para minimizar os impactos do novo fechamento do comércio. Não por acaso, a entidade destaca a necessidade de o governo federal regulamentar a reedição do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm). A iniciativa permitirá às empresas que suspendam contratos de trabalho e reduzam jornadas e salários, viabilizando assim a manutenção das empresas e dos empregos.

A entidade também cobra mais celeridade na campanha de vacinação contra a Covid-19. “Além disso, é preciso ampliar e acelerar o programa de imunização da população. Afinal, só com todos vacinados, poderemos garantir o futuro da nossa economia e a reabertura definitiva das atividades, resgatando a confiança de empresários e consumidores. A confiança é condição essencial para que o comércio de bens, serviços e turismo possa recuperar as vendas, gerar novos empregos e renda e superar os efeitos da pandemia de Covid-19 na saúde e na economia”, diz a nota da entidade.

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