Familiares de vítima de estupro coletivo em Patos de Minas protestam em audiência no Fórum
Dois dos envolvidos no crime foram ouvidos nesta tarde pelo Juiz de Direito Melchíades Fortes.
Amigos e familiares da jovem que foi dopada e violentada no mês de abril em Patos de Minas realizaram uma manifestação na porta do Fórum na tarde desta quarta-feira (09). Eles levaram cartazes, apitos e pediram justiça. Dois dos envolvidos no crime foram ouvidos nesta tarde pelo Juiz de Direito Melchíades Fortes.
O crime aconteceu há cerca de um mês. Nesta tarde, a família da adolescente de 16 anos que foi violentada sexualmente resolveu pedir justiça em frente ao Fórum. Dois menores envolvidos no crime foram ouvidos pela justiça. A audiência começou às 16h00. Os familiares levaram cartazes, apitos e, a todo momento, clamavam por justiça. A vítima também estava no local acompanhando a manifestação.
Segundo a mãe da adolescente, após o crime, elas não têm mais sossego. “Minha filha não pode nem sentar no passeio de casa que as pessoas passam e ficam hostilizando com palavras, ficam humilhando, como se ela tivesse sido a culpada”.
Ainda segundo a mãe, isso acontece todos os dias e a adolescente já está cansada dessa situação: “Nós queremos justiça, queremos que esses criminosos paguem pelo que fizeram com ela, infelizmente os valores estão invertidos na sociedade, a vítima de estupro nunca deve ser considerada culpada”. Além da mãe, tias, primos e irmãos da vítima, amigas e colegas de escola também foram para o local clamar para que a justiça seja feita.
Entenda o caso
A adolescente saiu de casa por volta de 13h40 no dia de 7 de abril para ir até uma confraternização. Ela e os amigos ficaram transitando de uma casa para outra, quando o ambulante Márcio Roberto Lima, de 29 anos, teria colocado um pó na bebida da adolescente para dopá-la.
O laudo pericial comprovou a conjunção carnal e a Polícia Civil iniciou novas investigações. Um adolescente de 16 anos e outro de 17 anos acabaram sendo apreendidos por envolvimento no estupro. Os policiais apuraram que, após o crime, eles passaram a ameaçar a vítima. Márcio já havia confessado o crime para a Polícia Civil e continua preso no Presídio Sebastião Satiro.