Familiares de militar patense morto no Haiti recebem solidariedade dos amigos
Eles levam solidariedade aos pais e irmãos do subtenente que moram em Patos de Minas.
fotos álbum: Página do Orkut
Parentes e amigos não param de chegar à casa onde o subtenente do Exército, Raniel Batista de Camargos, nasceu e cresceu, no bairro Rosário. O movimento ficou ainda maior após a confirmação, na tarde dessa quarta-feira (13), de que o militar é uma das vítimas do terremoto que deixou um rastro de destruição no Haiti. Eles levam solidariedade aos pais e irmãos do subtenente que moram em Patos de Minas.
Samuel Camargos recebeu a imprensa logo após a confirmação da morte de Raniel. Abalado, ele reviveu a carreira militar do irmão que começou na Polícia Militar em Patos de Minas e depois seguiu para a cidade de Três Corações para servir o Exército. Em 23 anos de carreira militar, ele também atuou em Natal e em Lins no Estado de São Paulo, de onde seguiu para a força de paz da ONU no Haiti.
O sargento da Polícia Militar, Heli Marcos de Carvalho, é amigo da família e cresceu junto com Raniel no bairro do Rosário. Ele lembrou a paixão que o subtenente do Exército tinha pelo militarismo. “Ele era entusiasmado com a carreira. Morreu fazendo aquilo que mais gostava”, afirmou.
Raniel estava terminando sua missão de contribuir com a paz no Haiti. Ele seguiu para o país, devassado pela guerra civil e pela pobreza, em Julho do ano passado. No próximo dia 28 de Janeiro, o subtenente do Exército estaria voltando para o Brasil. Ele mesmo confirmou o retorno em contato com a família uma hora antes da tragédia.
Assim como os familiares dos outros 14 militares brasileiros mortos no terremoto, os parentes de Raniel esperam a chegada do corpo para prestar as últimas homenagens, mas ainda não há uma data confirmada. Em entrevista na manhã desta quinta-feira (15), o general Carlos Alberto Barcellos, chefe do setor de comunicação do Exército, disse que ainda não há previsão de quando os corpos das vítimas serão trazidos para o Brasil. Ele disse que pretende entregar as vítimas aos familiares assim que possível, mas que isso depende de condições técnicas e capacidade de operação do aeroporto.
Na página do Orkut de Raniel, a esposa Heloisa Chagas de Maia Camargos, relatou o momento de dor que está vivendo com os filhos Giovanna e Luiz Gustavo e agradeceu a solidariedade de todos.