Servidor há quase 35 anos, Marcelo Ferreira cobra transparência da Copasa na CPI

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Os vereadores que compõem a CPI da Copasa ouvem nesta quarta-feira (14) o ex-secretário de Governo Milton Romero da Rocha Sousa e o servidor municipal, Marcelo Ferreira Rodrigues. Milton atuou na administração municipal no ano de 2008, quando houve a assinatura do contrato com a Companhia de Saneamento. Marcelo também é um profundo conhecedor da área de planejamento urbano de Patos de Minas, tendo sido na época Secretário Municipal de Planejamento e Urbanismo.

Questionado pelos vereadores, Milton Romero destacou que já faz 13 anos da assinatura do contrato e não se lembrava das tratativas. Os parlamentares o cobraram contribuição com as investigações, mas ele não pôde colaborar, dizendo que não poderia mentir e que isso era a verdade. “Não estou aqui para blindar ninguém”, disse.

Marcelo Ferreira que é servidor municipal há quase 35 anos confirmou que prestou assessoria técnica juntamente com outros profissionais, sendo coordenador técnico da comissão que subsidiou a assinatura do contrato com a Copasa. No entanto, ele disse que não foi a Belo Horizonte e não participou das negociações.

Ele confirmou que já havia vencido o contrato com a Copasa na época e a proposta foi solucionar o problema de saneamento de esgoto. Marcelo disse que a intenção era contribuir com a cidade, sendo expectativa de se realizar o tratamento de esgoto era muito positiva. Tirando a falta de transparência da Copasa, ele elogiou o tratamento de água.

Ele cobrou mais transparência da Companhia e citou por exemplo sobre o valor das tarifas. “Não se sabe os gastos. Tinha que ter uma planilha”, disse. Também disse que a investigação na CPI deve ser mais técnica do que política. Segundo ele, a Copasa deve informar os indicadores para saber se a companhia está cumprindo as metas.

Ao ser perguntado, o servidor não soube falar se a atuação da Copasa está sendo benéfica porque não há elementos para fazer a avaliação. Ele citou a questão de a Prefeitura não ter o cadastro da rede de esgoto e não sabe como fizeram o laudo de estimativa de valores da estrutura. “Não dá para dizer que a estrutura foi super ou sub avaliada”, disse.

Relativo à assinatura do contrato no fim do mandato, Marcelo Ferreira informou que houve todo um processo e a sociedade foi chamada a participar. Ele explicou que não houve muita participação da sociedade na época porque não era o costume dos moradores. Segundo ele, a finalização do acordo aconteceu a poucos dias do fim do mandato de Antônio do Valle pelo desejo de deixar o legado.

A falta de licitação para contratação da Copasa, segundo o servidor, pode ter sido porque, naquela época, ficava geralmente mais barato se contratar empresas públicas. Marcelo acredita que a companhia não tem o cadastro de toda a estrutura de saneamento em Patos de Minas e entende que o valor de R$ 350 milhões pedido pela empresa no caso de rompimento do contrato seja baseado em estimativa.

Marcelo disse que não tem conhecimento do aditivo realizado com a Copasa na administração do Prefeito José Eustáquio ou sobre quem teria participado da negociação. Segundo ele, hoje, o município não possui condições de oferecer o serviço de água e esgoto, sendo necessário haver uma estruturação do município. No entanto, ele disse que é possível sim abarcar o serviço em caso de rompimento com o contrato.

O servidor citou algo que considerou negativo é que Patos de Minas não tem o costume de reeleição e que as gestões seguintes têm descontinuado as atividades da administração anterior.  No mais, ele criticou a falta de transparência da Copasa.

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