Ex-companheiro é preso por perseguição, ameaças e tentativa de agressão com arma de fogo durante festa de Natal em Patos de Minas
Vítima relata histórico de violência doméstica; agressor já descumpriu medida protetiva e tem fácil acesso a armas, segundo relatório policial.
Uma confraternização de Natal foi interrompida por cenas de terror na noite desta quarta-feira (25), no bairro Coração Eucarístico, em Patos de Minas. Um homem de 58 anos foi preso por perseguir sua ex-companheira, efetuar disparos de arma de fogo e ameaçar outras pessoas, em um caso que evidencia um longo histórico de violência doméstica.
O fato foi registrado como perseguição, com naturezas secundárias de violência doméstica e ameaça, todas consumadas. O atendimento foi solicitado por ligação telefônica ao 190, às 02h50, e as vítimas foram 45 anos, ex-companheira do autor, e 20 anos, morador da casa onde ocorria a festa.
Conforme o relato das vítimas e da solicitante, filha do casal, elas estavam em uma confraternização natalina na casa de uma testamunha quando o acusado começou a rondar o local. Ele passava repetidamente em um Fiat Uno.
Em determinado momento, ele estacionou em uma rua próxima, desceu do carro e ficou agachado, vigiando a residência. Ao ser confrontado, que questionou sua atitude, ele embarcou no veículo e saiu. Minutos depois, retornou, parou em frente à casa, apontou uma arma (aparentemente um revólver calibre .22) para a testemunha e tentou efetuar dois disparos. A arma, no entanto, falhou e os tiros não saíram. O agressor então fugiu, tomando rumo ignorado. Testemunhas também relataram que o acusado havia efetuado dois disparos ao passar em frente à casa momentos antes.
O caso ocorreu no feriado de Natal, data que, paradoxalmente, costuma registrar picos nas ocorrências de violência doméstica devido ao maior convívio familiar e a tensões emocionais. Ele expõe a realidade de mulheres que vivem sob constante ameaça mesmo após o fim do relacionamento, e a importância dos instrumentos de avaliação de risco para prevenir desfechos mais trágicos. A Polícia Civil, através da DEAM, deve dar continuidade ao caso.