Especialista em fisioterapia cardiorrespiratória do Unipam alerta para os cuidados pós-COVID

Receber a notícia da cura é sempre um alívio, mas é preciso ficar atento às sequelas que a Covid-19 pode deixar.

O novo coronavírus já acometeu mais de 12 mil pessoas em Patos de Minas. A maioria das vítimas teve apenas sintomas leves, mas muitas pessoas tiveram que ser hospitalizadas. Receber a notícia da cura é sempre um alívio, mas é preciso ficar atento às sequelas que a Covid-19 pode deixar.

De acordo com a Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória e professora do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Juliana Gouveia, ao receber alta é necessário procurar um programa de reabilitação multidisciplinar e realizar uma avaliação criteriosa, a fim de identificar quais foram as fragilidades que o vírus causou. “É necessário o acompanhamento de profissionais da saúde, tais como: psicólogos, fisioterapeutas, médicos, enfermeiros, entre outros, para que seja elaborado um plano terapêutico e essa pessoa possa retornar de maneira mais fácil a executar suas atividades diárias”, destacou Juliana Gouveia.

Muitas pessoas apresentam prejuízo pulmonar: falta de ar, dificuldade de oxigenação e isso pode desenvolver outras complicações, tais como fibrose pulmonar ou embolia pulmonar. Outra causa muito comum é a fadiga, que é a dificuldade de execução de suas atividades diárias. “A pessoa não consegue realizar o que ela fazia antes, em decorrência do prejuízo que ela teve no pulmão, o período de mobilização que ela teve, evolui com o condicionamento e é necessário treinar novamente, reaprender a executar tais atividades”, explicou Juliana Gouveia.

Ainda segundo ela, a fisioterapia respiratória auxilia na recuperação da função pulmonar, melhorando a falta de ar e a oxigenação. Isso porque são necessários exercícios de recuperação dos músculos que ficaram enfraquecidos.

Outra complicação muito comum está relacionada às alterações mentais e ao prejuízo na comunicação. “Ainda não se sabe muito bem o mecanismo como isso ocorre, mas o vírus tem deixado prejuízo na memória, na atenção, na concentração e na realização de funções executivas. Pessoas que permaneceram muito tempo em ventilação mecânica, têm prejuízo nas cordas vocais, dificuldade para falar, dificuldade para deglutir, apresentando tais déficits é necessário procurar acompanhamento profissional”, afirmou Juliana Gouveia.

Juliana Ribeiro Gouveia Reis é também coordenadora da equipe de fisioterapia do Hospital de Campanha de Patos de Minas e coordenadora da equipe de fisioterapia do Instituto Pró-Vida.

Últimas Notícias

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais

Senac Patos de Minas abre inscrições para Programa de Aprendizagem Profissional 2026

Veja mais

Homens que mataram mulher trans em estacionamento em Patos de Minas são condenados

Veja mais

Temporal volta a causar transtornos e moradora se desespera ao ver sua casa sendo tomada pela água

Veja mais