Escolha de terreno para UFU expõe divergências na Câmara Municipal e impasse continua
Em reunião extraordinária nessa terça-feira (13) na Câmara Municipal, ficou clara a divisão no pensamento dos vereadores.
Reuniao na Câmara Municipal de Patos de Minas. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )
A novela do campus da UFU em Patos de Minas ainda poderá render longos e diversos capítulos. Em reunião extraordinária nessa terça-feira (13) na Câmara Municipal, ficou clara a divisão no pensamento dos vereadores sobre o que de melhor deve ser feito para solucionar o impasse. Alguns acham que se deve trabalhar para agilizar o julgamento do processo judicial, outros acham que o melhor a ser feito é conseguir a doação da área na região da Escola Agrícola.
O vereador Lázaro Borges deixou clara sua posição. Para o legislador, o campus da UFU deve continuar na região dos 30 Paus. A vereadora Edimê Avelar contou que esteve com o Ministro da Agricultura, Antônio Andrade, para que ele interceda junto ao Tribunal Regional Federal para que agilize o julgamento da ação que paralisou a construção do campus da UFU na Região dos 30 Paus. Ela pediu união de todos nesse sentido.
O vereador Francisco Frechiane foi outro favorável a trabalhar para que se julgue o processo judicial. Ele contou que o presidente do TRF1 virá a Patos de Minas na próxima semana para a inauguração da 2ª Vara da Justiça Federal na cidade e esta seria uma ótima oportunidade para que se monte uma comitiva para levar a ele os prejuízos causados pela demora no julgamento. Ele acredita que só com o julgamento será resolvido o impasse.
De acordo com o vereador, esteve com os Promotores Estaduais e Federais e a posição deles também é nesse sentido. O legislador contou que caso seja feita a escolha pelo terreno da Escola Agrícola, uma nova ação judicial pode ser apresentada o que poderá de novo interromper a construção. “Se não for feito o chamamento público, poderá ocorrer uma nova ação judicial”, afirmou.
Já o vereador Lindomar Tavares, Braz Paulo e José Lucilo- Duda- discordam desse posicionamento. Segundo eles, não será necessário o chamamento público, porque o terreno na área da Escola Agrícola será doado por uma instituição pública. Eles ressaltaram também que esta seria a forma mais ágil já que a pessoa que pode resolver o problema é o Secretário de Agricultura Elmiro Nascimento.
Lindomar Tavares informou que o secretário de agricultura é o presidente da comissão que vai avaliar a doação do terreno, tendo uma força muito grande no processo de doação. O vereador destacou também que Elmiro Nascimento poderá acionar de forma mais rápida essa reunião para que se decida se será mesmo doado o terreno para a construção da UFU.
Os pensamentos divergentes na Câmara Municipal mostram que o impasse na construção do campus da UFU pode demorar ainda mais, prejudicando a instituição e todos que dela precisam. Com as forças divididas, muito por causa da antiga rivalidade política na cidade, a real solução do impasse acaba ficando, muitas vezes, em segundo plano.
Autor:
Farley Rocha