Empresário que produzia drogas em estufa no Alto Caiçaras é autuado por tráfico de drogas
Segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, todos os indícios levam a crer que o autor estaria comercializando a maconha.
O empresário Guilherme Gonçalves Vieira, de 32 anos, flagrado na noite de sexta-feira (08) pela Polícia Civil cultivando uma plantação de maconha em um sofisticado sistema de plantio , foi autuado por tráfico de drogas e não por uso como pretendia. Segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, todos os indícios levam a crer que o autor estaria comercializando a maconha.
A casa alugada na rua Colômbia, no bairro Alto Caiçaras, um dos mais nobres da cidade, servia apenas para a produção da maconha. O sofisticado sistema, com iluminação e ventilação artificiais, aceleravam o cultivo, além de outros cuidados, como adubação especial, que melhoravam a qualidade da planta, reforçam a suspeitam dos policiais de que a droga seria comercializada.
Segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, a maconha produzida na estufa tinha uma concentração de THC, que é a principal substância psicoativa encontrada na planta Cannabis sativa, quatro vezes maior do que a droga convencional. Esse fator agregaria valor à maconha. Em depoimento à Polícia Civil, um usuário disse que compraria a droga de Guilherme ao preço de R$ 100,00 a porção de 20 gramas, o que significa um valor cinco vezes maior do que o de mercado. De acordo com o delegado Luiz Mauro Sampaio, a maconha produzida na estufa seria vendida para usuários com maior poder aquisitivo.
Outro fator que chamou a atenção dos policiais é que, além dos vasos com 40 pés de maconha encontrados no local, os policiais identificaram outros vasos que também estavam sendo preparados para o cultivo da droga. Diante disso, o delegado Luiz Mauro Sampaio decidiu autuar o empresário pelo crime de tráfico de drogas, por usar local para o tráfico, plantar para o tráfico e transportar para o tráfico de drogas.
A prisão do empresário fez com muitas pessoas, em comentários postados no Patos Hoje, questionassem a ação da polícia e levantassem a hipótese da legalização da maconha. De acordo com o delegado Luiz Mauro Sampaio, no entanto, neste momento não é possível questionar se a lei é justa ou injusta e sim se ela esta sendo cumprida. Segundo ele, enquanto a lei estiver em vigor, ela terá de ser cumprida.
Autor: Maurício Rocha