Em audiência na Câmara, superintendente explica como serão as escolas cívico-militares

A proposta de implantação das escolas cívico-militares partiu da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), com oito escolas estaduais de Patos de Minas aptas a participar do programa.

O superintendente regional de ensino de Patos de Minas, Carlos Coimbra, participou de audiência pública promovida pela Câmara Municipal nessa segunda-feira (14) e explicou como será o funcionamento do Programa de Escolas Cívico-Militares proposta pelo Governo de Minas. Apesar da suspensão temporária das Assembleias para Manifestação de Interesse pelas comunidades escolares — anunciada no domingo (13/7) pela SEE/MG —, a Câmara Municipal considerou realizar a reunião para aprofundar o debate público sobre esse tema.

A proposta de implantação das escolas cívico-militares partiu da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), com oito escolas estaduais de Patos de Minas aptas a participar do programa. Segundo a instituição, nesta primeira etapa será realizada uma assembleia em cada escola envolvida, reunindo gestores, estudantes, professores, servidores e familiares, com o objetivo de registrar formalmente o interesse de adesão ao programa.

Durante a audiência, o Superintendente Regional de Ensino, Carlos Coimbra destacou que o Estado e Polícia Militar já possuem várias parcerias com o Município, como o Proerd, e que o Programa das Escolas Cívico-Militares seria mais uma colaboração entre a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Município.

O superintendente esclareceu que a iniciativa prevê a atuação de militares da reserva da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros dentro das escolas, sem interferência no currículo pedagógico. Segundo ele, os militares atuarão com foco na “melhoria do clima escolar, mediação de conflitos, apoio preventivo e primeiros socorros, fortalecimento do ambiente escolar, da cultura de valores e da cidadania, e colaboração em projetos cívico-militares”.

Carlos ainda reforçou que “o militar não vai substituir ou fazer a função do professor, e nem vai interferir nas decisões do diretor. É uma colaboração visando mais segurança e disciplina dentro das escolas”, esclareceu. Ele também informou que as escolas que aderirem ao programa receberão uniformes personalizados fornecidos pelo Governo. “Não vão usar boinas ou vestimentas militares, e sim uniformes que visam manter a padronização dos alunos”, completou.

Conforme o representante do Estado, desde a implementação do modelo em Minas Gerais, em 2020, os resultados são considerados positivos, com redução nas taxas de evasão escolar, melhoria do clima institucional, aumento na procura pelas escolas e elevação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Carlos citou vários exemplos, dentre eles uma escola de Belo Horizonte que apresentou resultados exitosos.

Durante a reunião, o superintendente reiterou que a adesão ao programa será decidida pela comunidade escolar, sendo votantes os alunos com mais de 14 anos, os pais e os profissionais das escolas aptas.

Carlos Coimbra também informou que os militares que atuarão nas escolas serão capacitados previamente pela Escola de Formação, em parceria com a Polícia Militar.

Últimas Notícias

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais

Senac Patos de Minas abre inscrições para Programa de Aprendizagem Profissional 2026

Veja mais

Homens que mataram mulher trans em estacionamento em Patos de Minas são condenados

Veja mais

Temporal volta a causar transtornos e moradora se desespera ao ver sua casa sendo tomada pela água

Veja mais