Dos vereadores que votaram contra o aumento dos próprios salários só um abriu mão do reajuste

Dos seis vereadores que votaram contra o aumento, apenas um realmente abriu mão do valor adicional.

Mesmo com grande repercussão negativa, os vereadores aprovaram na segunda reunião ordinária da legislatura o reajuste dos próprios salários. Dez vereadores votaram a favor do aumento e seis vereadores (incluindo o voto confuso de Otaviano Marques) foram contrários. O pagamento do mês de fevereiro já veio com os salários reajustados e trouxe surpresa. Dos seis vereadores que votaram contra o aumento, apenas um realmente abriu mão do valor adicional.

Segundo os dados publicados no portal da transparência do legislativo patense, o único vereador a votar contrário ao reajuste e realmente abrir mão do valor adicional foi Leomar de Lima Silva. Além dele, somente a vereadora Brenda Evelyn protocolou ofício abrindo mão do reajuste. Ela votou a favor do reajuste, mas no dia da votação prometeu continuar recebendo salário antigo.

Já os vereadores José Luiz Borges, José Eustáquio Faria Júnior, Toninho Cury, Otaviano Marques e Professora Beth, mesmo tendo se posicionado contrários ao reajuste, preferiram incorporar o aumento aos seus salários. O vereador Willian Campos, que não participou da votação por estar viajando, também está recebendo salário com o aumento.

Como mostrou o Patos Hoje, os vereadores aumentaram os próprios salários em 8,65%. A remuneração aos parlamentares passou de R$ 13.410,61 para R$ 14.570,63.

O Patos Hoje fez contato com os vereadores e abriu espaço para que eles se posicionassem. O vereador José Luiz, que foi eleito a primeira vez prometendo reduzir salários e o número de assessores, respondeu assim: “Votei contra dessa vez, assim como das outras vezes. Meu voto foi vencido de novo, de novo e de novo. Não vou abrir mão por entender que o salário deve ser o mesmo para todos. No mandato passado abri mão do terceiro assessor e alguns vereadores adoraram eu ter feito isso, assim diminuía minha capacidade de trabalhar e economizava dinheiro para a câmara fazer o que bem entendesse com minha economia. Dessa vez não, vou trabalhar de igual pra igual. Estou preocupado com meu trabalho e representar a todos que me apoiam ou compartilham dos meus princípios. O resto que se lasque” , destacou.

Estreante na Câmara, o vereador Toninho Cury também confirmou que não vai abrir mão do reajuste e que vai usar o dinheiro para causas sociais, veja! “ Eu, vereador Antônio Jorge de Oliveira Cury (Toninho Cury), do partido União Brasil, venho esclarecer que votei contra o reajuste salarial dos vereadores para 2025, assim como outros parlamentares.   No entanto, o projeto foi aprovado, e o aumento será aplicado a todos os vereadores. Como meus eleitores que me acompanham já sabem, destinarei esse valor para causas sociais, ampliando um trabalho que realizo há anos – inclusive antes de exercer o mandato.  Vale ressaltar que, caso o valor fosse devolvido à Câmara, ele seria utilizado conforme os interesses do Legislativo. Meu compromisso, porém, é beneficiar diretamente a população que mais precisa" .

O vereador José Eustáquio também encaminhou nota explicando sua decisão. Confira a íntegra! “Primeiro, é importante destacar que a aprovação do projeto de recomposição salarial foi uma decisão tomada pela maioria da Câmara Municipal, e como vereador, respeitei o processo democrático de votação, apesar de não concordar e votar não.

Em relação ao valor adicional que irei receber, optei por não “abrir mão dele” porque, ao devolver o recurso, ele retornaria à gestão da Mesa Diretora da Câmara, e não teria garantia de ser destinado diretamente a iniciativas que impactem a população, como os projetos sociais que já desenvolvo com recursos próprios.

Tenho me dedicado a diversas ações sociais e acredito que posso administrar esses valores de forma mais eficaz, investindo diretamente naquilo que faz a diferença para a nossa comunidade.

Além disso, o Princípio da Isonomia, que é um dos pilares da Administração Pública, garante que todos os vereadores recebam o mesmo subsídio, evitando distinções individuais que poderiam comprometer a imparcialidade e a transparência da gestão pública. A remuneração dos agentes políticos deve seguir critérios objetivos e impessoais, garantindo igualdade de tratamento entre todos que exercem o mesmo cargo. Dessa forma, minha decisão não é apenas uma questão legal, mas também uma questão de respeito à equidade e à ética na administração dos recursos públicos.

Continuarei trabalhando incansavelmente em benefício da população, utilizando recursos de forma responsável e eficiente” , concluiu ele.

O espaço segue aberto para os demais parlamentares!

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