Dono de clínica se defende, diz que estava buscando internação de paciente e que foi agredido

Acompanhado do advogado, ele também diz que foi agredido por um militar. Eles vão procurar a Corregedoria da Polícia Militar.

O proprietário da Clínica Quintino, Giovanni Quintino de Magalhães, compareceu ao Patos Hoje nesta terça-feira (28) para se defender das acusações de tráfico de drogas, desacato e ameaça. Ele disse que estava no local para fazer a internação de um paciente e que apenas questionou a abordagem feita pelos policiais. Acompanhado do advogado, ele também diz que foi agredido por um militar. Eles vão procurar a Corregedoria da Polícia Militar.

De acordo com Giovanni, estava no local para fazer a internação de um conhecido de forma voluntária, o qual já foi recusado por outras clínicas, e que apenas questionou a abordagem da Polícia Militar feita aos usuários de droga que estavam no local. “Foi excessiva e agressiva. Eu conheço um pouco de direito”, disse citando legislações referentes à saúde. Giovanni relata que, depois de questionar, a policial chegou a lhe agredir com objetos que estavam no local.


Depois que chegou o reforço policial, mesmo tendo ficado sempre no mesmo lugar, teve o celular apreendido e não lhe foi permitido fazer uma ligação. “Um policial que eu não sei a identificação me agrediu”, contou. Ele mostrou um receituário da Santa Casa dizendo que ele sofreu algumas escoriações e fratura no dedo do pé. Segundo ele, está utilizando uma tala para imobilizar o membro e terá que passar por uma cirurgia.

Com relação à droga que a Polícia Militar disse que foi encontrada em seu carro, ele relatou que ninguém acompanhou a busca feita pelos policiais. O proprietário da clínica encaminhou um vídeo em que uma mulher, que estaria no local da abordagem, fala sobre como teria ocorrido a apreensão da droga. No vídeo, a interlocutora, não identificada, diz que não presenciou o momento da localização da droga.


Ele também contou que não possui passagem por homicídio e que responde apenas a um processo criminal, mas é referente a outra situação. Giovanni ainda destacou que a policial, após o desfecho da ocorrência, lhe pediu desculpas dizendo que o motivo da abordagem daquela forma seria porque o local exigiria tal conduta.


O advogado Marco Aurélio Galvão relatou que vai até a Corregedoria da Polícia Militar para apurar a conduta dos policiais envolvidos na ocorrência e que ele é inocente das acusações. “Giovanni teria apenas um processo por um desentendimento, mas que deve ser arquivado também.” O procurador falou que Giovanni apenas questionou a atitude dos policiais que estariam “em abuso de autoridade”. “Todos que presenciam este tipo de conduta deve questionar”, disse.


O que a Polícia Militar disse

De acordo com o Aspirante Almeida, viaturas realizavam patrulhamento pelo bairro Nossa Senhora Aparecida quando visualizaram um cidadão em atitude suspeita em frente a uma residência conhecida no meio policial por ser ponto de uso e tráfico de drogas. Ao perceber a presença dos militares, o homem de 35 anos entrou na residência gerando suspeição.

Ainda segundo o Aspirante Almeida, os policiais entraram na residência e verificaram que no local havia vários usuários de drogas. Durante buscas no quintal da residência, os militares encontraram uma porção de crack. No veículo do suspeito, os militares encontraram ainda mais cinco pedras de crack. Em conversa com ele, os policiais descobriram que o rapaz é proprietário de uma clínica de reabilitação às margens da BR-365.

O indivíduo disse aos militares que era médico, mas os policiais descobriram também que ele apenas cursou o primeiro período de medicina em uma universidade do Rio de Janeiro. Ainda de acordo com o Aspirante Almeida, o proprietário da clínica proferiu ameaças à uma sargento. Em conversa com nossa reportagem, a militar disse que o rapaz lhe proferiu os seguintes dizeres: “Eu vou dar um tiro na sua cara igual eu faço com aqueles noiados que chegam na clínica”. Diante disso, ele recebeu voz de prisão pelos crimes de tráfico de drogas, desacato e ameaça.

Pai de Geovani Quintino se posiciona

“Sou pai dele e o objetivo e esclarecer uns pontos negros. Primeiro sobre a prisão, ele estava a trabalho. Porque se as pessoas não sabem grande parte das internações involuntárias são feitas em boca de fumo. Segundo, ele nunca foi traficante como disse o policial. Nem quando usuário. Mais o principal é sobre o comentário pesado, maldoso, calunioso e leviano que eu montei clínica pra ele mais pra ver se mudava, mas que ele nunca mudou. Então para você que fez esse infeliz comentário, ele é proprietário único. E pra você ficar bem informado, a última vez que tive na clínica foi dia 02/03/20. Ele é estudante de médica no Rio de Janeiro e é ele quem banca a faculdade. Portanto meu amigo(a) vc deve ser da idade dele e o conhece bem, porém você não passa de um invejoso que aceita as pessoas crescer na vida porque você não tem tal capacidade. Só pra te esclarecer o quanto ele é play boi e filho de Papai, hoje ele possui um patrimônio 10 vezes maior do que o meu fruto de trabalho honesto e digno”.

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