Dólar tem maior alta semanal desde maio com turbulência após prisão de Queiroz e receios sobre Covid-19

O dólar à vista caiu 0,99%, a 5,3182 reais na venda. A moeda oscilou entre alta de 0,21%, a 5,3830 reais, e queda de 1,54%, para 5,2887 reais.

Na semana, a divisa subiu 5,41%, maior alta desde a semana finda em 8 de maio (+5,56%), em meio a um noticiário político local ainda tenso. Até a véspera, o ganho era ainda mais forte, de 6,46% em apenas quatro sessões.

Em junho, o dólar cai 0,42%. Em 2020, salta 32,53%.

O dólar foi às máximas do dia perto das 11h, teve breve alívio na sequência para depois voltar a ganhar força por volta de 13h.

Em torno de 13h20, a moeda embicou para baixo e passou a bater mínima atrás de mínima, seguindo o enfraquecimento do dólar ante outras divisas emergentes após notícia de que a Apple voltará a fechar algumas lojas nos Estados Unidos por causa de aumento no número de novos casos de coronavírus no país. A informação reforçou temores sobre efeitos econômicos de uma segunda onda de Covid-19 nos EUA e corroborou recentes falas de membros do Fed de que provavelmente serão necessários mais estímulos para ajudar na recuperação da economia norte-americana.

O dólar cedia 0,7% ante o peso mexicano no fim da tarde, 1% contra o rand sul-africano e também 0,7% comparado ao rublo russo. A alta das commodities ajudou nesse movimento.

O Bank of America revisou recentemente a projeção para o dólar no fim do ano de 5,85 reais para 5,40 reais, citando justamente a política monetária “extremamente expansiva” nos EUA e na Europa. Mas analistas do banco ponderam que a decisão de juros do Fed neste mês provavelmente marcou o fim do rali de ativos de risco, com expectativas de que as moedas comecem a refletir maior prêmio de risco em linha com a deterioração dos fundamentos.

E para Roberto Serra, gestor sênior na Absolute Investimentos, o movimento do real nesta semana mostra que as forças de depreciação para a divisa brasileira ainda estão presentes. “Vejo o real em tendência de piora, seja pela curva de juros, pela situação do Brasil como um todo, seja pelo fiscal”, afirmou. “Não acho que seja o caso de uma depreciação forte em pouco tempo, mas de uma tendência de perda de valor ao longo do tempo. Com a fotografia de hoje, é difícil pensar no Brasil entrando num ciclo sustentável de crescimento robusto”. O Banco Central cortou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual na última quarta-feira e sinalizou chance de mais afrouxamento residual. Com isso, o diferencial de juros do Brasil com o mundo tende a diminuir mais, piorando a relação risco/retorno e desestimulando ingresso de capital para renda fixa do país.

No cenário político, a semana foi marcada por uma série de episódios desgastantes para o governo Jair Bolsonaro, incluindo a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho do presidente Flávio Bolsonaro, a validação do inquérito das fake news pelo Supremo Tribunal Federal e a saída do governo do controverso ministro da Educação, Abraham Weintraub.

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