Diante da gravidade, Superintendência recomenda toque de recolher e fechamento de serviços não-essenciais para toda a região
A região não possui os leitos suficientes e já houve, somente nos últimos 15 dias, a mesma quantidade de mortes de todo o mês de janeiro.
A Macrorregião Noroeste, da qual Patos de Minas é referência, vem sofrendo como nunca os graves efeitos da pandemia. A região não possui os leitos suficientes e já houve, somente nos últimos 15 dias, a mesma quantidade de mortes de todo o mês de janeiro. Diante desse cenário, a Superintendência Regional de Saúde expediu nessa segunda-feira (15) uma recomendação para os prefeitos adotarem medidas rigorosas para combater a circulação do coronavírus.
A recomendação informa que a Marrorregião Noroeste possui apenas 48 leitos de UTI, sendo que 42 deles já estão ocupados, e a área física para eventuais aberturas só consegue atingir 70 leitos, sendo que o necessário seriam 105. "A gravidade dos casos de Covid-19 aumentou e estamos com a maior taxa de ocupação de leitos", diz o documento que também destaca a ocorrência de 52 mortes nesses 15 dias de fevereiro, mesmo número de todo o janeiro.
Diante do cenário de evolução da doença, a Superintendência recomendou a proibição de circulação de veículos e pessoas, permitindo apenas que profissionais que atuam em serviços essenciais possam ter o trânsito liberado. Também pediu que os prefeitos restrinjam o comércio em geral para utilizar somente os sistemas drive-thru ou delivery. Outra orientação é para que hipermercados e demais estabelecimentos de alimentação limitem a quantidade de pessoas a 30% com distribuição de senhas e permita apenas que uma pessoa por família ingresse nos estabelecimentos para realizar as compras.
Por fim, a recomendação assinada pela diretora da Superintendência Regional de Saúde, Noemi Portilho, pede que os prefeitos proíbam o atendimento presencial em shoppings, galerias, comércio, serviços em geral, bares, restaurantes, salões de beleza e barbearia, clubes e salões, academias e congêneres, educação presencial, eventos culturais e convenções, atividades da construção civil, incluindo lojas de tinta e de materiais de construção. A recomendação abrange tanto o setor público quanto o privado.