Criança estuprada no dia do aniversário compreende crime 5 anos depois e denuncia em MG
O primo do menino, que à época tinha 18 anos, foi indiciado pelo crime.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, solucionou um crime de estupro de vulnerável mantido em silêncio por quatro anos. A vítima, hoje com 9 anos, revelou a violência sofrida aos 5, no dia da festa de aniversário dela, após, de fato, entender o que havia ocorrido naquela ocasião. O primo do menino, que à época tinha 18 anos, foi indiciado pelo crime.
Segundo o delegado Davi Moraes Pinto, titular da 2ª Delegacia em Sabará, o caso chegou ao conhecimento da polícia neste mês, quando o garoto, ao assistir a um programa de TV sobre violência sexual contra crianças e adolescentes, perguntou à avó em que consistia um estupro. “A vítima acreditava que tal expressão era sinônimo de esganar alguém. Após as explicações, ela chorou e perguntou se poderia confiar na avó para narrar um fato”, conta.
O delegado acrescenta que, durante a conversa, o menino contou ter sofrido o abuso por um primo. “Conforme os relatos, o suspeito se aproveitou da ausência dos pais da criança, que preparavam a festa de aniversário, para levá-la a um quarto e praticar a violência sexual”, relata ao informar que o garoto não disse nada aos pais sobre o ocorrido uma vez que o rapaz teria dito que praticaria novamente os atos caso alguém soubesse.
Após a avó contar aos pais sobre o abuso, os familiares procuraram o suspeito, mas ele havia fugido. “A família procurou ajuda na Delegacia de Polícia Civil e narrou os fatos. Em decorrência das diligências investigativas, a localização do investigado foi descoberta e ele se apresentou com advogados para interrogatório, momento em que acabou confessando os fatos”, informa Davi Moraes.
O inquérito policial foi concluído com indiciamento do suspeito pelo crime de estupro de vulnerável e remetido à Justiça para as providências legais.
Alerta
O delegado Davi Moraes chama a atenção para a importância do diálogo com crianças e adolescentes acerca de crimes sexuais e outras violações tanto para a prevenção de casos quanto para a responsabilização dos agressores. As ocorrências devem ser denunciadas aos órgãos de proteção e podem ser registradas em unidades policiais ou por meio do Disque 100.
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Fonte: Ascom PCMG