Com UTIs superlotadas, direção pede que não sejam enviados pacientes para o Hospital Regional
A informação é de que não há vaga de UTI adulto no hospital.
A direção do Hospital Regional Antônio Dias de Patos de Minas encaminhou nessa quinta-feira (17) um ofício para diversas autoridades de saúde da região informando a superlotação da unidade hospitalar. No documento, a direção pede para que não sejam enviados pacientes para o hospital, porque pode causar risco de agravamento do quadro de saúde dos pacientes. A informação é de que não há vaga de UTI adulto no hospital.
No documento , a direção destaca que o Hospital Regional Antônio Dias/HRAD/FHEMIG é referência em urgência e emergência de grandes traumas e maternidade de alto risco para a Macrorregião Noroeste, correspondendo a 33 Municípios, atendendo a uma população de mais de 700.000 habitantes.
Também informa que no momento está com 5 pacientes na sala de emergência do Pronto Atendimento do HRAD, sendo que a capacidade para paciente em ventilação mecânica é de 4 pacientes e o encaminhamento de mais pacientes que necessitam de suporte de terapia intensiva poderá comprometer a assistência e a vida dos pacientes, sendo que não dispõe de leito de UTI e ou leito em sala de emergência.
A direção destaca as dificuldades enfrentadas no âmbito de acesso aos serviços especializados, sobretudo, naqueles onde não há pactuação na região de saúde onde o hospital está inserido, entretanto, não se pode assumir a responsabilidade sob pacientes que não compete a esta Instituição, ou ainda, onde não tem o recurso técnico ou material adequado, para garantir segurança e melhora da sobrevida destes pacientes.
A direção também frisa que a situação da Vaga Zero em que só pode ser encaminhado paciente com risco imediato de morte ou sofrimento intenso e deve ser considerada como situação de exceção e não uma prática cotidiana na atenção às urgências. “O encaminhamento de pacientes como ‘vaga zero’ é prerrogativa e responsabilidade exclusiva dos médicos reguladores de urgências, que deverão, obrigatoriamente, tentar fazer contato telefônico com o médico que queira receber o paciente no hospital de referência, detalhando o quadro clínico e justificando o encaminhamento”.
Ainda ressaltou que os pacientes encaminhados em Vaga Zero ao Hospital Regional poderão ter o agravo de sua condição clínica por falta de condições adequadas de atendimento, destacando a importância da sensibilização do Médico Regulador na decisão de encaminhar o paciente e bem como os possíveis danos que esta decisão possa ocasionar, diante da condição de atendimento acima informada. E termina reforçando que não há vaga disponível de UTI adulto.
O prefeito Luís Eduardo Falcão falou sobre o ofício da direção do Hospital Regional e defendeu a terceirização da gestão. Ele disse que está estudante medidas para não deixar a população sem assistência.
Presidente da Amapar, César Caetano, também falou sobre a superlotação no Hospital Regional. Ele disse que algo precisar ser feito, uma vez que os municípios da região dependem da assistência dos Hospitais de Patos de Minas.