Com atrasos no tratamento do esgoto, Copasa sofre duras críticas em Audiência Pública
O promotor de justiça também prometeu abrir um inquérito civil público para investigar o despejo de esgoto clandestino nas águas
A cobrança da taxa de esgoto em Patos de Minas foi instituída em 2009. A direção da Copasa anunciou investimentos e programou para 2011 o início do tratamento do esgoto da cidade. Mas as obras estão interrompidas há anos e apenas uma pequena parte do esgoto produzido na cidade chega até a estação de tratamento de esgoto que ainda está inacabada. Enquanto isso, como mostrou reportagem do Patos Hoje, o Rio Paranaíba sofre com a poluição.
Apresentações de imagens coletadas por membros do Codema durante expedição no Rio Paranaíba abriram a Audiência Pública na noite dessa terça-feira (26). A poluição provocada pela grande quantidade de esgoto que é despejada diariamente pela própria Copasa surpreendeu o público que lotou o plenário da Câmara Municipal. A degradação e o assoreamento do Rio também chamaram a atenção.
O promotor de meio ambiente, José Carlos de Oliveira Campos Júnior, foi duro com a Companhia e falou das ações na Justiça movidas pelo Ministério Público contra a Copasa em decorrência da postura da empresa no município. O promotor de justiça também prometeu abrir um inquérito civil público para investigar o despejo de esgoto clandestino nas águas do Rio Paranaíba.
O Gerente Regional da Copasa, Jairo José Carneiro, representou a empresa na audiência. Ele disse que não poderia informar os valores arrecadados pela Companhia com a Taxa de Esgoto por causa do período eleitoral, mas disse que o processo licitatório para a conclusão do sistema de coleta e tratamento de esgoto está adiantado e que a Copasa trabalha para cumprir integralmente o contrato até o ano de 2015.
O presidente do Codema, Ivanildo Alves Zica, disse que a entidade vai cobrar uma ação mais efetiva da Prefeitura na fiscalização dos serviços prestados pela Copasa. Segundo ele, a conclusão da audiência é de que 80% de toda a poluição dos Córregos e do Rio Paranaíba é causada pela Copasa.
Autor: Maurício Rocha