Cabeleireira que matou companheiro com mata-leão em apartamento vai continuar presa

Nicolly Araújo Porfírio, que já cumpria pena em regime semiaberto, confessou ter estrangulado a vítima durante discussão sob efeito de drogas e álcool.

A Justiça de Patos de Minas converteu a prisão em flagrante de Nicolly Araújo Porfírio, de 26 anos, em prisão preventiva. Ela que trabalha como cabeleireira e possui mais de 5 mil seguidores no Instagram é acusada de matar o companheiro em um apartamento na região central da cidade. O crime ocorreu na madrugada do sábado (01). A decisão foi proferida pelo juiz plantonista Tenório Silva Santos durante audiência de custódia realizada no domingo (02). Ela alegou que matou o companheiro em legítima defesa.

De acordo com informações da Polícia Militar, o fato foi comunicado por uma ligação anônima por volta das 05h25. Ao chegarem ao local, os policiais militares encontraram a vítima, Paulo Ricardo Leal Oliveira, de 23 anos, caído no chão, desacordado e sem pulsação. A equipe do SAMU foi acionada e constatou o óbito no local.

Em seu depoimento, Nicolly confessou à polícia que aplicou um golpe conhecido como "mata-leão" em Paulo, com quem mantinha um relacionamento há aproximadamente seis anos. Ela relatou que ambos haviam feito uso de cocaína e álcool durante a noite e que, em determinado momento, a vítima teria ficado agressiva, sacado uma faca e a ameaçado. Nicolly afirmou que estrangulou Paulo para conter sua agressividade, pois ele estaria "possuído" e muito agitado. Após o ato, a vítima desfaleceu e não resistiu.

Outra envolvida, de 31 anos, também foi presa em flagrante. Ela apresentava ferimentos no lábio e um hematoma no olho direito, que teriam sido causados por Paulo durante a discussão. Ela e o companheiro dela também estavam no local no momento do crime, mas saíram antes da chegada da polícia.

Na audiência de custódia, a Defensoria Pública pleiteou a liberdade provisória para Nicolly, alegando residência fixa e a excepcionalidade da prisão cautelar. O Ministério Público, no entanto, manifestou-se pela conversão da prisão em flagrante em preventiva, argumentando risco à ordem pública.

O juiz Tenório Silva Santos homologou a prisão em flagrante e converteu-a em preventiva, com base no histórico criminal da acusada. Nicolly já cumpria pena em regime semiaberto e possui inquéritos em andamento por crimes como roubo majorado, extorsão, lesão corporal e tráfico de drogas.

Em sua decisão, o magistrado destacou que a prática do crime de homicídio, enquanto a ré já estava sob execução penal, "configura uma flagrante reiteração delitiva e um evidente desprezo pela legislação penal".

A defesa de Nicolly solicitou, durante a audiência, o fornecimento de medicamentos controlados – uma vez que a acusada faz uso de remédios para tratamento de saúde mental – e sua transferência para uma penitenciária que acolha a população LGBT. Quanto a este último pedido, o juiz informou que a análise compete ao juízo de origem, e não à plantonista. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

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