Brasil encolhe por 3 trimestres seguidos, maior sequência já vista, e amplia recessão

O PIB despencou 4,5 por cento, também o maior tombo histórico na comparação anual.

A economia brasileira encolheu mais do que o esperado no terceiro trimestre deste ano sobre os três meses anteriores, com destaque para a fraqueza dos investimentos, sinal de que uma recuperação ainda está longe.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil encolheu 1,7 por cento de julho a setembro contra o período imediatamente anterior, no terceiro trimestre seguido de contração, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira.

Essa sequência de quedas é a maior desde o início da série histórica do IBGE, em 1996. Sobre o terceiro trimestre de 2014, o PIB despencou 4,5 por cento, também o maior tombo histórico na comparação anual.

Pesquisa da Reuters apontava que a economia teria queda de 1,2 por cento entre julho e setembro na comparação trimestral e de 4,1 por cento sobre um ano antes.

O país vive profunda crise econômica e política, em meio ao cenário de inflação de dois dígitos, que tem abalado profundamente a confiança de agentes econômicos e colocado desafios cada vez maiores para a presidente Dilma Rousseff, sobretudo no campo fiscal.

No terceiro trimestre, a atividade encolheu em praticamente todos os setores, com forte destaque para os investimentos produtivos. Segundo o IBGE, a Formação Bruta de Capital Fixa (FBCF) despencou 4 por cento no trimestre passado, comparado com os três meses anteriores, nono trimestre seguido de queda, também maior sequência no vermelho registrada pelo IBGE.

O consumo das famílias recuou 1,5 por cento, na mesma base de comparação, enquanto o consumo do governo teve leve crescimento de 0,3 por cento --único segmento que não caiu no terceiro trimestre sobre o imediatamente anterior.

"Olhando para a frente, não há nada que permita visualizar cenário positivo. Nossa avaliação é que o atual quadro recessivo deve prolongar-se ao longo do restante do ano e do próximo", afirmou o economista-chefe do banco Fibra, Cristiano Oliveira, em nota. Ele piorou suas estimativas para o PIB deste ano e do próximo, projetando agora quedas de 3,8 e de 3,1 por cento, respectivamente.

Fonte: Agência Reuters

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