Bebês são transferidos de avião para BH por falta de pediatras no Hospital Regional
A primeira informação é de que 6 crianças serão transferidas.
A falta de médicos pediatras no Hospital Regional Antônio Dias, em Patos de Minas, tem gerado uma situação alarmante. Recém-nascidos têm sido transferidos para Belo Horizonte para receberem atendimento médico. A primeira informação é de que 6 crianças serão transferidas.
O trabalho começou a ser planejado ontem (10) pela direção do Hospital Regional que conseguiu através da regulação do SUS Fácil as vagas na Capital do Estado. Nesta quinta-feira (11), dois bebês já foram transferidos em uma aeronave do Corpo de Bombeiros. As crianças devem ser transferidas de duas em duas.
A situação tem gerado diversas críticas, como: risco para as crianças, esforço das mães, custo do transporte aéreo, contratação de profissionais para acompanhar e falta de previsão para volta ao lar.
O Hospital Regional Antônio Dias tem enfrentado diversas dificuldades para contratação de médicos já há algum tempo. No entanto, nenhuma medida diferente para resolver a situação tem sido tomada por parte da FHEMIG, que é uma fundação vinculada ao Governo de Minas Gerais. O HRAD é referência para 33 municípios, abrangendo cerca de 700 mil habitantes.
O Patos Hoje recebeu a informação de que, mesmo sendo obrigação do Governo Estadual, o município de Patos de Minas estaria disposto a contratar médicos pediatras para trabalhar no Hospital Regional.
A Assessoria da FHEMIG informou que: "A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informa que, por conta de rescisões contratuais, licenças médicas e insucesso na captação de profissionais por meio de diversos processos seletivos realizados para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), ainda não foi possível fechar a escala de pediatria para o fim desta semana. A Fhemig tem empreendido todos os esforços para recompor a equipe de pediatras com a maior celeridade possível. Vale ressaltar que a dificuldade para a contratação de profissionais de pediatria é uma questão estrutural de mercado, também enfrentada por outros entes públicos e privados. Como forma de minimizar possíveis impactos assistenciais, a situação foi comunicada à Central de Regulação de Leitos."