Autoridades realizam reunião para debater situação de venezuelanos em Patos de Minas

Segundo apurado pelos profissionais da secretaria, arrecadar dinheiro no semáforo é visto como cultura, ou seja, um trabalho para eles

A Secretaria de Desenvolvimento Social realizou, na manhã desta terça-feira (21), uma reunião que dará o ponta pé inicial à Rede de Apoio a Migrantes em Patos de Minas. A necessidade partiu depois que famílias vinda da Venezuela chegaram na cidade. Segundo apurado pelos profissionais da secretaria, arrecadar dinheiro no semáforo é visto como cultura, ou seja, um trabalho para eles.

A reunião aconteceu na sede da Secretaria e contou com a participação de membros da Assistência Social, Procuradoria Municipal, Agência da ONU para Refugiados e Agência da ONU para as Migrações. Também participaram membros da Regional Sedese de Patos de Minas, do Comitê Estadual de Atenção ao Migrante, Refugiado e Apátrida, Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Erradicação do Trabalho Escravo de Minas Gerais, Conselho Tutelar, Defensoria Pública, Ministério Público entre outras autoridades.

De acordo com a Secretária Jorgiane Suellen, já foram feitas diversas abordagens afim de acolher e ajudar os venezuelanos que estão na cidade. Segundo ela, são cerca de 6 famílias. “Atualmente são seis famílias, mas de tempos em tempos eles migram para outros lugares, depois voltam e assim eles vão vivendo”. Ainda segundo Jorgiane, a intenção deles não é se instalar em Patos de Minas, uma vez que possuem família em outros locais.


De acordo com a Diretora Municipal de Proteção Especial, Elizete Mundim Carneiro, as famílias possuem culturas diferentes das nossas por também serem indígenas. Segundo ela, arrecadar dinheiro no semáforo é visto por eles como um trabalho comum, mesmo em seu país de origem. Elizete relatou ainda que atualmente eles ficam em pousadas próximo ao terminal rodoviário. Já foi ofertado trabalho a eles bem como a regularização de documentos.


A Conselheira Tutelar Valéria Elias disse que as crianças são muito apegadas aos pais e por isso vão com eles para as ruas. Segundo ela, faz parte da cultura dos migrantes, inclusiva há uma mulher grávida de oito meses. Segundo Valéria, o desejo dela é ir para Belo Horizonte se juntar ao restante da família. “As crianças estão sendo acompanhadas pelo poder público e não é recomendado coloca-las em um abrigo uma vez que nós não estamos preparados para recebê-las, elas não falam nosso idioma e seria mais um processo de vitimização das mesmas” disse ela.


A intenção é dar mais dignidade e condições melhores para esses grupos de migrantes que chegam em Patos de Minas.

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