Autoridades avaliam projeto para tratar adolescentes dependentes químicos
Um projeto piloto desenvolvido e incentivado pelo Conselho Nacional de Justiça pode ser implantando na região.
A audiência foi aberta pelos comandantes da Polícia Civil e da Polícia Militar na região. Eles apresentaram os números da violência envolvendo crianças e adolescentes. De acordo com dados da 10ª RPM, em apenas dois anos, 224 adolescentes e duas crianças foram conduzidas por envolvimento com as drogas, o que representa cerca de 17,5% dos casos registrados pela Polícia Militar no período.
O coronel Marco Aurélio, comandante da 10ª RPM, apontou a ausência de um estabelecimento para a aplicação de medidas sócio-educativas e a falta de uma clínica para a recuperação de menores dependentes químicos como sendo os fatores que mais dificultam o combate a criminalidade entre crianças e adolescentes.
Mas foi o depoimento da irmã de um adolescente dependente químico que mais chamou a atenção das autoridades. Daniela Maria dos Anjos disse que o irmão já foi apreendido diversas vezes e que vai continuar cometendo delitos se não receber o tratamento para o vício. “Ele é uma pessoa doente e acaba deixando a gente doente também”, esclareceu.
Em seguida o criador da iniciativa, Carlos Henrique Ianes explicou como será o Projeto Amor Maior ao Menor. “É um projeto de intervenção, prevenção e recuperação do menor dependente químico e infrator”, esclareceu. A estrutura será construída e mantida na região numa parceria entre as prefeituras que fazem parte da AMAPAR, o Conselho Nacional de Justiça e organizações não governamentais.
Falta agora decidir qual cidade será a sede do Projeto AMAM. Patrocínio, Lagoa Formosa e Patos de Minas estão na disputa para ter o Centro de Recuperação do Menor Infrator.
Autor:
Maurício Rocha