Após professores contraírem dengue, Prefeitura faz trabalho especial em escola na zona rural
Os agentes também vasculharam a instituição e fizeram um trabalho preventivo.
Após três professores da Escola Municipal José Paulo de Amorim, no Distrito de Pindaíbas, sentir os sintomas da doença que está longe de estar controlada, a Prefeitura Municipal de Patos de Minas, através dos agentes de Combate à Dengue, fez um trabalho especial na escola. Os alunos receberam folhetos e tudo foi verificado.
De acordo com a agente Suelene Oliveira, os três servidores que contraíram a doença moram em locais que não oferecem risco e cada um em uma localidade. “A probabilidade é grande de eles terem contraído a doença na própria escola”, disse. Ela foi em todas as salas e pediu para os alunos continuarem vigilantes com qualquer vasilha que possa acumular água.
Os agentes também vasculharam a instituição e fizeram um trabalho preventivo. Foram colocados sombrites nas caixas de esgoto e água pluvial. Também foi feito uma pulverização de veneno com a bomba costal. E não parou por aí. As caixas d’água foram verificadas e vedadas para evitar que o mosquito deposite seus ovos.
Suelene explicou que, antigamente, a zona rural estava imune ao problema da dengue. No entanto, esse privilégio não existe mais. A doença transmitida pelo mosquito aedes aegypti acabou chegando às pessoas que moram nos distritos. “Os moradores ao irem à cidade acabaram levando a doença”, afirmou.
Os Agentes de Combate à Dengue vêm fazendo diversos mutirões de limpeza e outros trabalhos preventivos nas escolas, mas só isso não basta. É preciso que as pessoas se conscientizem e não deixem materiais com água parada.
Segundo dados do Programa Municipal de Comabte à dengue, esse ano o município de Patos de Minas enfrentou uma epidemia de dengue. Até o momento, foram notificados 2063 casos (esse número engloba todos os casos suspeitos da doença), destes 408 casos são positivos e 243 negativos.
Os agentes informaram que os trabalhos têm sido intensificados na área educacional, na qual os Agentes de Combate a Endemias visitam escolas, creches, feiras e locais com grande concentração de pessoas. Os agentes se fantasiam de mosquito aedes aegypti e possíveis criadouros e realizam apresentações teatrais. Eles também distribuem panfletos na tentativa de levar mais informação e mobilizar a todos sobre a importância de juntos combater o mosquito vetor transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus.
Também estão sendo realizadas pelo Programa Municipal de Combate à Dengue mutirões para recolhimento de materiais inservíveis cumulativos de água, blitz educativas, visitas domiciliares, dentre outras atividades de mobilização. Na campanha educativa que o programa trabalha, há o 10 minutos contra a dengue. A iniciativa sugere que se cada um tirar 10 minutos na sua semana para fazer a vistoria no quintal e na residência pode-se manter as famílias protegidas contra esse mosquito que mede apenas meio centímetro mas pode transmitir várias doenças.
Autor: Farley Rocha