Após massacre, El Paso fica no centro de discussão sobre armas e imigração nos EUA

O artista Manuel Oliver havia planejado apresentar seu mural em um evento comunitário de El Paso no domingo, sua obra mais recente para homenagear o filho assassinado.

O jovem, que foi morto a tiros com 16 outros em uma escola de Parkland, na Flórida, em 2018, faria 19 aos no domingo, disse Oliver. Joaquin Oliver era discretamente dedicado à causa dos imigrantes, contou seu pai, que escolheu El Paso para apresentar o trabalho por ver a cidade fronteiriça como uma história de sucesso da imigração.

Mas 20 pessoas foram assassinadas em um supermercado Walmart no sábado, transformando o encontro de domingo no Las Americas Immigrant Advocacy Center em outra vigília trágica.

Oliver tinha atravessado Ciudad Juárez, situada na divisa entre EUA e México, um dia antes quando um homem armado —que agora se acredita ter escrito um manifesto anti-imigrantes—abriu fogo no Walmart de El Paso.

“Não me surpreendeu, e não pode surpreender ninguém porque fizemos muito pouco para impedir que isso acontecesse”, afirmou Oliver, que se tornou um ativista contra a violência com armas após o massacre na escola de seu filho.

O massacre de sábado em El Paso colocou a cidade essencialmente pacífica e majoritariamente hispânica de cerca de 684 mil habitantes na intersecção de duas das questões mais politicamente voláteis da nação: a imigração e a violência com armas.

El Paso se localiza no extremo oeste do Estado, pouco distante do Rio Grande em relação a Ciudad Juárez, e é um dos pontos de entrada mais movimentados dos EUA para quem vem do México.

Embora Ciudad Juárez seja conhecida como um antro de violência relacionada aos cartéis de droga e ao contrabando, El Paso é avaliada em vários sites como uma das cidades mais seguras dos EUA e está entre os melhores lugares para se aposentar ou criar uma família. Segundo a rede KVIA, filiada local da ABC, ela tem uma média de 16 assassinatos por ano.

Em outra vigília realizada no domingo, centenas de membros da comunidade de El Paso prantearam juntos no Parque Esportivo do Condado. Entre aqueles por quem rezaram estavam Guillermo “Memo” Garcia, de 35 anos, e sua esposa, Jessica Coca Garcia, ambos feridos no sábado quando realizavam uma arrecadação de fundos para o time de futebol de sua filha diante do Walmart.

Opositores das políticas de Trump criticam as condições das instalações de detenção lotadas da área e chamam atenção para as condições perigosas de Ciudad Juárez, para onde milhares de aspirantes a imigrantes foram enviados para esperar o desfecho de suas audiências em tribunais norte-americanos.

Fonte: Reuters

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