Após ingressarem na Clínica do Rim, pacientes renais pedem leitos de UTI ao Hospital São Lucas

A Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Alto Paranaíba, que conseguiu a transferência do serviço para a Clínica do Rim, voltou à justiça para pedir a requisição de 10 leitos de UTI do Hospital São Lucas.

A polêmica envolvendo o atendimento a pacientes que precisam de hemodiálise em Patos de Minas parece não ter chegado ao fim. A Associação dos Pacientes Renais Crônicos do Alto Paranaíba (ARCAP/MG), que conseguiu a transferência do serviço para a Clínica do Rim, voltou à justiça para pedir a requisição de 10 leitos de UTI do Hospital São Lucas.

O pedido da ARCAP é feito com urgência. A Associação diz que o Hospital São Lucas, que presta serviço ao SUS, vem se negando a atender os pacientes renais crônicos e que o município poderia requisitar os leitos para prestar o devido atendimento àqueles que fazem tratamento de hemodiálise.

O Município de Patos de Minas se manifestou favoravelmente à medida. Segundo manifestou a Advocacia-Geral do Município, a administração poderia utilizar as UTIs para servirem ao Hospital Geral Municipal, o Hospital de Campanha, e assim atender os pacientes renais crônicos que porventura necessitarem. A Prefeitura também se mostra favoravelmente à requisição devido à urgência do caso.

No entanto, o Hospital São Lucas criticou o pedido. “Inacreditavelmente, veio aos autos solicitar que o município de Patos de Minas/MG procedesse a requisição administrativa de 10 leitos de Unidade de Terapia Intensiva para socorrer a Clínica do Rim, já que esta não possui leitos de retaguarda para ofertar aos pacientes que atualmente lá fazem tratamento”, criticou.

Conforme a manifestação do São Lucas, é falaciosa a afirmação de que os leitos estão em desuso e afirma que a Clínica do Rim deveria ter os leitos de retaguarda, já que a legislação obriga que ela os tenha para se credenciar ao SUS. Segundo o Hospital São Lucas, o magistrado foi induzido ao erro ao permitir que os pacientes fossem se tratar na Clínica do Rim.

Por fim, de acordo com o Hospital São Lucas, devem o Município, Associação e principalmente a Clínica do Rim, se valendo de recursos próprios, providenciar quantitativo de leitos suficientes na forma determinada pela portaria para tratamento dos pacientes renais crônicos. E concluindo diz que, caso precisem, basta fazer a contratação do serviço, já que o Hospital São Lucas é uma empresa particular.

O diretor da Clínica do RIM, Dr. Ricardo Borges, enviou para o Patos Hoje na tarde desta sexta-feira (28) o seguinte posicionamento: “A Clínica do Rim esclarece que nenhum paciente nos 10 dias de atendimento precisou de transferência para rede hospitalar do SUS.  A portaria 1675 de 2018 regulamenta clínicas extrahospitalares, que correspondem a 52% das clínicas de hemodiálise em todo o Brasil.”

A ARCAP esclareceu na tarde desta sexta-feira (28) que a sugestão foi com base em informações repassadas pelo Municipio, que foi quem decidiu e requisitou judicialmente os equipamentos de 10 UTI’s para levar ao HC, a sugestão da ARCAP foi com base em negativas do HSL de acesso aos leitos de UTI sob a justificativa de que não há recursos, não há profissionais e não há leitos de especialidades como neonatal, cardioco, oncológico e 1 renal crônico, portanto o município deve prestar o serviço diretamente, pois como afirmou, possui os recursos, os profissionais e a estrutura no HC para receber os leitos.

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