Apesar de ruídos gerados por declarações de Bolsonaro, Congresso promete blindar pauta econômica

Bolsonaro tem gerado ultraje em vários setores com declarações que vão desde o questionamento da existência da fome no país até ataques a governadores do Nordeste.

A onda recente de declarações polêmicas do presidente Jair Bolsonaro tem criado ruído no ambiente político, mas parlamentares garantem que não será capaz de impactar na aprovação da pauta econômica, como a reforma da Previdência, tomada para si pelo Parlamento.

Por outro lado, as falas do presidente —criticadas por parlamentares alinhados à agenda econômica como inadequadas e desnecessárias— devem atrapalhar a aprovação de algumas pautas mais caras a Bolsonaro, como as da área comportamental, a partir da volta do Legislativo do recesso na semana que vem.

“São declarações que são inadequadas, no mínimo politicamente incorretas, para quem exerce mandato majoritário, ainda mais para um presidente da República”, disse à Reuters o líder do DEM na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

“Mas nós temos que nos focar nos resultados que o governo pode oferecer. Estamos fazendo a nossa parte no Congresso”, acrescentou o deputado, que defendeu que os parlamentares, principalmente os favoráveis a reformas como a da Previdência, separem as polêmicas em série do presidente dos projetos que, avalia, são fundamentais ao país.

Bolsonaro tem gerado ultraje em vários setores com declarações que vão desde o questionamento da existência da fome no país até ataques a governadores do Nordeste. Neste semana, contestou informações oficiais sobre Fernando Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, que desapareceu durante a ditadura militar.

Apesar da promessa de proteção à pauta econômica, apontada como crucial para o reequilíbrio das contas públicas e retomada do crescimento, parlamentares lembram que essa blindagem não se estende a outros temas e que a postura do presidente na relação com o Legislativo também tende a levar o Congresso a buscar mais prerrogativas para si.

“Quando ele sair da linha, vai ter uma reação do Congresso”, disse o deputado Daniel Coelho (PE), líder do Cidadania na Câmara, para quem as declarações de Bolsonaro já não surpreendem. “As divergências com o presidente estão claras e nítidas, principalmente com a postura dele”, disse.

Bolsonaro já colheu algumas derrotas no Parlamento, como no caso do decreto que flexibilizava a posse e o porte de armas. O texto foi suspenso pelo Senado e, diante da iminente confirmação da decisão pela Câmara, o governo decidiu revogar a medida.

Fonte: Agência Reuters

Últimas Notícias

DB Agricultura e Pecuária publica nota de profundo pesar pela morte de trabalhadores

Veja mais

URT espera cerca de 3.500 torcedores na Arena DB para a estreia no Módulo II

Veja mais

Polícia Civil encerra investigações sobre homicídio de Marcos Vinícius e indicia suspeitos

Veja mais

Motorista acaba preso por embriaguez após bater em rampa de garagem e acelerar até estourar o pneu

Veja mais

Viação Pássaro Branco adquire novos ônibus e começa a cumprir acordo com a Prefeitura

Veja mais

Com novos 645 casos, número de mortes por dengue sobe de 2 para 4 em Patos de Minas

Veja mais