Alto custo da energia fecha indústrias e gera desemprego; estiagem pode piorar situação

“A energia é a base para qualquer tipo de indústria", ressaltou.

O alto custo da energia, que já chega próximo de R$ 400 o megawatt/hora, está desestimulando investimentos e provocando desemprego nos segmentos que mais demandam energia, os eletrointensivos. É o caso do setor de ferro-liga, já que os custos com o insumo podem chegar a 50%. “A energia é a base para qualquer tipo de indústria, sem energia barata, não dá para ser competitivo”, diz o presidente da empresa Granha Ligas, Fernando Granha.

Ele ressalta que o momento é de preocupação, já que não existe no país garantia de fornecimento de energia e o preço praticado vem inviabilizando os negócios do setor. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Ferro-Ligas e Silício Metálico (Abrafe), das 12 empresas do setor em Minas Gerais, dez estão paradas, total ou parcialmente.

Conforme dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o custo com a eletricidade cresceu 90% entre 2004 e 2014, enquanto que nos Estados Unidos a alta foi de 30% e, no México, 55% no mesmo período.

A unidade da Granha de Conselheiro Lafaiete está parada desde o primeiro dia deste mês e a planta de São João del Rei, desde meados de 2014, opera com 30% da capacidade. “E não é um problema só nosso. Há outras empresas na mesma situação”, frisa o executivo.

Granha conta que o contrato de dez anos com a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig) venceu dia 31 de dezembro e não foi renovado. “O preço que era pago era de R$ 70 o megawatt/hora. No mercado, o valor está na casa dos R$ 380, o que é incompatível para o setor”, reclama.

Diante do aumento do custo da energia nos últimos anos, a empresa decidiu investir fora do país. Há dois anos está sendo construída a unidade em Nova Colômbia, na região metropolitana de Assunção, no Paraguai. A inauguração está prevista para 2016. “Lá, a energia proveniente de Itaipu, custa US$ 37. Com a energia a US$ 50, já é possível ser competitivo”, diz o executivo.

Com custos nas alturas, ele conta que a saída foi reduzir o quadro de pessoal. O número de funcionários caiu de 410 para 130.

Fonte: O Tempo

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