Advogado de inspetor preso na Operação Fênix diz que prisão é totalmente descabida
Segundo o advogado, a prisão aconteceu após delação premiada de um policial de Patrocínio preso em virtude de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
O advogado Alexandre Gonçalves, procurador do Inspetor da Polícia Civil de Patos de Minas, Francisco Luiz Domingos, conversou com a equipe do Patos Hoje na tarde desta terça-feira (19) e enfatizou que a prisão do seu cliente foi totalmente descabida, desnecessária e arbitrária. Ele também criticou a ação dos policiais.
O defensor está em Uberlândia acompanhando o caso. Ele explicou que ainda não teve acesso aos autos do processo, mas adiantou que seu cliente desconhece qualquer acusação. Segundo o advogado, a prisão aconteceu após delação premiada de um policial de Patrocínio preso em virtude de tráfico de drogas e associação para o tráfico.
No entanto, ele salientou que o nome do inspetor foi apenas ventilado por este preso e que não há qualquer prova que justifique a prisão. “Foi uma delação frágil, sem riquezas de detalhes”, contou. Ele também salientou que hoje inicia o recesso forense o que complica demais qualquer medida judicial. “A operação foi estrategicamente montada nesta data para impedir as medidas judiciais”, criticou.
Entenda o caso
O inspetor Francisco havia sido preso no início da manhã desta terça-feira (19), quando estava na casa dele em Patos de Minas, e então encaminhado para o 17º Batalhão da Polícia Militar, situado no Bairro Santa Mônica, em Uberlândia. A prisão aconteceu na Operação Fenix do GAECO. Os policiais presos na operação devem seguir para Belo Horizonte. O Chefe do 10º Departamento da Polícia Civil, Elber Barra Cordeiro, também é alvo da força tarefa, mas ainda não foi localizado.