Acusados de matarem colega de cela no Presídio Sebastião Satiro são condenados em Patos de Minas
De acordo com o Ministério Público, os envolvidos praticaram o crime do homicídio com as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e promessa de benefício.
De acordo com o Ministério Público, os envolvidos praticaram o crime do homicídio com as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e promessa de benefício. Todos os cinco ficaram frente a frente durante o julgamento que teve início às 09h no Fórum Olympio Borges. Ao final dos embates entre acusação e defesa, os acusados receberam as seguintes penas:
- Alex Junior Fideles de Lima foi condenado a 22 anos
– Leonardo Alves de Souza foi condenando a 22 anos
– Marcos Antônio Eugênio de Freitas foi condenado a 22 anos
– Marcos Vinicius de Souza Pereira foi condenado a 15 anos
– Raylan Bebiano dos Santos foi condenado a 15 anos.
O Crime:
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, no dia 13 de março de 2022 por volta de 00h no Presídio Sebastião Satiro, os acusados mataram Gilson Martins com emprego de asfixia e posteriormente o colocaram dependurado em uma janela com um lençol amarrado ao pescoço para simular um suicídio.
Segundo a denúncia, haviam aproximadamente 12 pessoas que dormiam na mesma cela. Em determinado momento, um dos autores teria amassado remédios e os colocado em copos de suco. Todos os ocupantes da cela beberam o líquido com os remédios, menos os seis acusados. Quando os que beberam o suco com remédio adormeceram, os seis Marcos Antônio, Marcos Vinícius, Alex, Leonardo e Raylan deram início ao crime de homicídio.
A denúncia diz ainda que, com uma coberta em mãos, eles foram até onde Gilson dormia e o asfixiaram. Após isso, um dos acusados teria tentado deslocar o pescoço da vítima, mas não teve sucesso. Em razão disso, outro acusado teria dado um golpe tipo “mata leão” ceifando de vez a vida de Gilson. Posteriormente eles levaram o corpo para o banheiro e o amarrou com uma espécie de pano à janela simulando assim um suicídio.
Os outros detentos teriam sido acordados e nesse momento chamaram os policiais penais que rapidamente isolaram o local do crime e acionaram a Polícia Militar e a Perícia da Polícia Civil. A perícia constatou que a vítima sangrava pelo nariz e boca e apresentava lesões na região cervical o que não condiz com casos de suicídio. Os policiais ainda encontraram um cobertor que estava sujo de sangue bem como panos e roupas sujas de sangue que estavam imersas em um recipiente com água e sabão. Ao fim dos trabalhos o corpo foi encaminhado para o IML.
Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi praticado pois os envolvidos estavam em uma área do presídio destinada a quem pratica crimes sexuais e receberam a promessa de um grupo criminoso de que seriam transferidos para outra área da unidade.