Acusados de matarem colega de cela no Presídio Sebastião Satiro são condenados em Patos de Minas

De acordo com o Ministério Público, os envolvidos praticaram o crime do homicídio com as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e promessa de benefício.

O tribunal do Júri se reuniu nesta sexta-feira (24) para julgar, Alex Junio Fideles de Lima, Leonardo Alves de Souza, Marcos Vinicius de Souza Pereira, Raylan Bebiano dos Santos e Marcos Antônio Eugênio de Freitas. Eles foram acusados de matar Gilson Martins de 55 anos enquanto estavam recolhidos no presídio Sebastião Satiro. Uma sexta pessoa, que também participou do crime, já foi julgada e condenada em data anterior.

De acordo com o Ministério Público, os envolvidos praticaram o crime do homicídio com as qualificadoras do recurso que dificultou a defesa da vítima, asfixia e promessa de benefício. Todos os cinco ficaram frente a frente durante o julgamento que teve início às 09h no Fórum Olympio Borges. Ao final dos embates entre acusação e defesa, os acusados receberam as seguintes penas:


- Alex Junior Fideles de Lima foi condenado a 22 anos

– Leonardo Alves de Souza foi condenando a 22 anos

– Marcos Antônio Eugênio de Freitas foi condenado a 22 anos

– Marcos Vinicius de Souza Pereira foi condenado a 15 anos

– Raylan Bebiano dos Santos foi condenado a 15 anos.


O Crime:


De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público, no dia 13 de março de 2022 por volta de 00h no Presídio Sebastião Satiro, os acusados mataram Gilson Martins com emprego de asfixia e posteriormente o colocaram dependurado em uma janela com um lençol amarrado ao pescoço para simular um suicídio.

Segundo a denúncia, haviam aproximadamente 12 pessoas que dormiam na mesma cela. Em determinado momento, um dos autores teria amassado remédios e os colocado em copos de suco. Todos os ocupantes da cela beberam o líquido com os remédios, menos os seis acusados. Quando os que beberam o suco com remédio adormeceram, os seis Marcos Antônio, Marcos Vinícius, Alex, Leonardo e Raylan deram início ao crime de homicídio.

A denúncia diz ainda que, com uma coberta em mãos, eles foram até onde Gilson dormia e o asfixiaram. Após isso, um dos acusados teria tentado deslocar o pescoço da vítima, mas não teve sucesso. Em razão disso, outro acusado teria dado um golpe tipo “mata leão” ceifando de vez a vida de Gilson. Posteriormente eles levaram o corpo para o banheiro e o amarrou com uma espécie de pano à janela simulando assim um suicídio.

Os outros detentos teriam sido acordados e nesse momento chamaram os policiais penais que rapidamente isolaram o local do crime e acionaram a Polícia Militar e a Perícia da Polícia Civil. A perícia constatou que a vítima sangrava pelo nariz e boca e apresentava lesões na região cervical o que não condiz com casos de suicídio. Os policiais ainda encontraram um cobertor que estava sujo de sangue bem como panos e roupas sujas de sangue que estavam imersas em um recipiente com água e sabão. Ao fim dos trabalhos o corpo foi encaminhado para o IML.

Ainda segundo a denúncia do Ministério Público, o crime foi praticado pois os envolvidos estavam em uma área do presídio destinada a quem pratica crimes sexuais e receberam a promessa de um grupo criminoso de que seriam transferidos para outra área da unidade.

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