Varjonense é condenado a internação compulsória por matar indiana e tentar matar outra jovem, na Inglaterra

O crime aconteceu no dia 13/06/2023 na região noroeste de Londres.

O jovem natural de Varjão de Minas, Keven Antônio Lourenço de Morais, de 24 anos, foi condenado pelo homicídio da jovem estudante indiana, Tejaswini Kontham, de 27 anos, e pela tentativa de homicídio da jovem Akhila. Ele ficará internado recebendo tratamento até que receba uma autorização para sair Secretário de Estado de Justiça. O crime aconteceu no dia 13/06/2023 na região noroeste de Londres.

A família do jovem contou ao Patos Hoje como foi o julgamento de Keven Antônio. Ele foi julgado no Tribunal da Coroa de Isleworth, em Londres, nesta quinta-feira (30). Ele se declarou culpado do homicídio, por responsabilidade diminuída. Ele também se declarou culpado da tentativa de homicídio.

O professor Nigel Blackwood, psiquiatra forense clínico, foi o responsável por avaliar a sanidade de Keven. O professor disse que na época do crime o jovem estava passando por tratamento. Segundo o professor, Keven havia sido internado no Hospital Holybourne em Roehampton, em 14 de abril de 2023. Ele recebeu alta com medicação antipsicótica em 20 de abril, sob os cuidados da equipe de Tratamento Domiciliar de Merton, que o encaminhou para o médico da família dois dias depois, em 22 de abril. O jovem disse que estava sem sintomas e tomando sua medicação. O esfaqueamento aconteceu no dia 13/06/2023.

Um outro médico, que acompanhou o caso de Keven, acreditava que o homicídio foi resultado do luto pela morte de sua ex-namorada e estresse financeiro. Em seu depoimento, o professor Blackwood apontou que não havia evidências de uso de cannabis ou álcool no momento dos crimes e descartou a ideia de que drogas tivessem interferência no crime.  "Se não fosse pela psicose, ele não teria atacado as mulheres que atacou," acrescentou o professor.

A advogada de defesa de Keven disse que o jovem tentou tirar a própria vida, enquanto estava sob custódia. Ela afirmou que durante conversas com Keven, demonstrou remorso pelo que fez, antes dele explicar a criação pobre no Brasil, seu lar desfeito, seu pai viciado em drogas e a morte de sua ex namorada.

O Juiz do julgamento, Martin Edmunds KC, sentenciou Keven a ficar internado no “Bethlem Royal Hospital”, um hospital psiquiátrico. Ele somente poderá sair com uma autorização do Secretário de Estado de Justiça. O Juiz considerou o acordo entre vários médicos de que uma ordem de internação hospitalar serviria melhor ao público, proporcionando a atenção médica necessária para evitar novos episódios de psicose.

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