Trabalhadores Sem-terra impedem entrada de funcionários da Epamig e criam novo impasse
Há alguns dias os imóveis da Fazenda Experimental, que são tombados pelo patrimônio histórico foram invadidos pelos sem-terra.
Os servidores do Estado que trabalham na Fazenda Experimental da Epamig foram impedidos de entrar para o trabalho na manhã desta segunda-feira (18). Trabalhadores rurais sem-terra do MTST bloquearam a entrada para os funcionários e a Polícia Militar teve que ser acionada novamente no local.
A Fazenda Experimental da Epamig foi ocupada por trabalhadores rurais sem-terra em Janeiro do ano passado. Eles alegam que a propriedade é improdutiva e pedem a destinação dos cerca de 700 hectares para a reforma agrária. Há alguns dias os imóveis da Fazenda Experimental, que são tombados pelo patrimônio histórico foram invadidos pelos sem-terra.
Nessa segunda-feira (18), o movimento decidiu ir além, impedindo a entrada dos funcionários da Fazenda Experimental. Os cerca de 30 servidores que trabalham no local foram parados logo na entrada e tiveram que voltar para casa. A Polícia Militar foi acionada e encaminhou equipes para o local para garantir a segurança dos funcionários e dos próprios sem-terra.
A Fazenda Experimental da Epamig está localizada na região de Sertãozinho, no município de Patos de Minas. De acordo com o gerente da unidade, Dimas Silva, existem diversos experimentos de feijão, trigo e algodão sendo realizados no local. Amostras deveriam ser colhidas nesta segunda-feira (18) e podem ser comprometidas, perdendo um ciclo inteiro de trabalho. De acordo com a gerência da Epamig também existem cerca de 80 animais em lactação que precisam ser ordenhados.
Depois de muita conversa com o comando da Polícia Militar, os trabalhadores rurais sem-terra decidiram permitir a entrada dos funcionários da Epamig para retomarem as atividades. O líder do Movimento pediu para que os sem-terra cuidassem das vacas, que segundo eles, algumas estão doentes e precisando de cuidados.
A invasão da Fazenda Experimental da Epamig em Patos de Minas está sendo analisada pela Justiça. A Empresa de Pesquisa do Governo de Minas aguarda o pedido de reintegração de posse para retomar as atividades.
Autor: Maurício Rocha