Shell diz que pode bombear petróleo do pré-sal por menos de US$40/barril

Os oito blocos em oferta detêm bilhões de barris em reservas e, pela primeira vez, o país permitirá que petroleiras estrangeiras sejam operadoras dos campos da região, e não só a Petrobras.

A Shell participará dos leilões do pré-sal na próxima sexta-feira e está confiante de que pode bombear o petróleo dos campos de águas profundas por menos de 40 dólares por barril, disse um alto executivo da companhia.

O Brasil realizará na sexta-feira seu primeiro leilão em pré-sal em quatro anos. Os oito blocos em oferta detêm bilhões de barris em reservas e, pela primeira vez, o país permitirá que petroleiras estrangeiras sejam operadoras dos campos da região, e não só a Petrobras.

A Shell avalia que pode bombear o petróleo desses campos do pré-sal abaixo do custo de equilíbrio considerado pela empresa, de 40 dólares por barril, disse à Reuters o vice-presidente executivo da divisão de águas profundas da companhia, Wael Sawan.

A alta qualidade e o volume de produção que os poços do pré-sal podem proporcionar os tornam uma proposta atraente, disse ele.

“Acho que o Brasil realmente tem um subsolo naturalmente abençoado, que lhe permite competir com o melhor do que está lá fora no mundo”, comentou ele no intervalo de uma conferência de petróleo no Rio de Janeiro.

Sawan preferiu não dar detalhes sobre quais blocos a Shell estaria interessada ou se a companhia daria lances com empresas parceiras.

Reformas no Brasil realizadas sob o governo do presidente Michel Temer tornaram as reservas de petróleo algo mais atraente, disse Sawan. Se a Shell não pudesse produzir o óleo abaixo de 40 dólares por barril, não seria capaz de operar os blocos, acrescentou.

Como outras empresas de petróleo, a Shell cortou os custos desde que os preços da commodity caíram a partir de 2014 e reduziu a participação em campos petrolíferos de maior custo.

A Shell é a segunda maior produtora de petróleo do Brasil e principal parceira da Petrobras na produção do pré-sal.

Seu projeto em Libra, um bloco que a Shell ganhou como parte de um consórcio no primeiro leilão do pré-sal, em 2013, deve produzir o primeiro petróleo, ainda em teste, em novembro ou dezembro, disse o executivo. Isso ocorre alguns meses após julho, data originalmente programada.

A Petrobras é a operadora desse projeto, e a francesa Total e as chinesas CNOOC e CNPC também estão no consórcio.

GOLFO DO MÉXICO

A Shell tomará uma decisão final sobre investimento em seu projeto bilionário Vito, no Golfo do México dos Estados Unidos, em 2018, disse Sawan.

“Estamos bem avançados no projeto, testando onde o mercado está, e, em última análise, a decisão virá em 2018, seja sim ou não”, afirmou.

Se a Shell prosseguir com o projeto, o Vito se tornaria um centro de produção para a empresa na região, disse ele.

A Shell também estaria interessada em desenvolver projetos de energia no leste do Golfo do México se a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, acabar com a moratória sobre a perfuração na área, disse ele.

Trump assinou uma ordem executiva em abril com o objetivo de abrir mais terrenos offshore para o leasing de petróleo e gás, levando a uma revisão que poderia levantar as proibições de perfuração no leste do Golfo do México, entre outras áreas.

“Temos apetite e estamos interessados”, disse Sawan.

Fonte: Agência Reuters

Últimas Notícias

Moradores reclamam de asfalto que cedeu três vezes após obra e cobram providências

Veja mais

Mulher foge correndo após furto no Centro de Patos de Minas, mas é perseguida e presa

Veja mais

Família que teve casa invadida por enxurrada relembra desespero e pede ajuda da população

Veja mais

Senac Patos de Minas abre inscrições para Programa de Aprendizagem Profissional 2026

Veja mais

Homens que mataram mulher trans em estacionamento em Patos de Minas são condenados

Veja mais

Temporal volta a causar transtornos e moradora se desespera ao ver sua casa sendo tomada pela água

Veja mais