Sem Terra invade novas áreas na Fazenda da Epamig e PM tem ser acionada outra vez

Sessenta e três famílias estão no terreno onde funciona a Fazenda que faz experimentos e trabalha com melhoramento genético.

A Polícia Militar compareceu à Fazenda Experimental da Epamig, na região do Sertãozinho, mais uma vez nesta segunda-feira (13). Os trabalhadores Sem Terra haviam ocupado mais dois imóveis que vinham sendo utilizados por funcionários da Epamig. Após uma negociação com os policiais, os Sem Terra decidiram desocupar um dos imóveis. O outro vai permanecer. Sessenta e três famílias estão no terreno onde funciona a Fazenda que faz experimentos e trabalha com melhoramento genético.

Os sem terra dividiram a área de cerca de 780 hectares e cada família foi para um setor. Os vários imóveis antigos que estavam desocupados foram invadidos. No entanto, os trabalhadores foram além. Eles também foram para a varanda de uma casa em que havia morador e também para um galpão usado para pesquisa vegetal. Diante da ocupação, a Polícia Militar foi acionada para intermediar uma negociação. Após uma conversa com o Sub Ten Miguel, um dos ocupantes decidiu deixar o galpão.

Com relação ao outro imóvel ocupado, o líder do Sem Terra, Divino Martins dos Santos, disse que não haveria motivo para desocupação. Segundo ele, o imóvel estava desocupado e o sem terra não teria ocupado todo o imóvel, apenas a parte externa. Ele fez um discurso emocionado em favor dos trabalhadores sem terra. Ele contou que a fazenda está toda inutilizada e não vem cumprindo com a função como determina a Constituição Federal. “Todos os imóveis estão caindo aos pedaços”, ressaltou.

Por outro lado, ocorrências já foram registradas por problemas no assentamento. A Fazenda cuida de cerca de 500 cabeças de gado, mas funcionários começaram a sentir falta de alguns naimais. A Epamig é uma instituição estadual que trabalha com manejo e adubação de vários produtos como trigo, feijão, soja e entre outros e também com melhoramento genético de gado através do cruzamento de raças.

Com relação ao sumiço dos animais, Divino disse que não aceita bagunça no assentamento e nem furto de animais. Segundo ele, o uso de animais só é aconselhado quando as famílias estiverem passando fome. Os envolvidos no acordo foram qualificados e uma nova ocorrência foi registrada. O policial criticou as pessoas que possuem a competência para resolver o problema. Ele também destacou a responsabilidade de todas os trabalhadores sem terra.

A invasão aconteceu no início de 2014. A Epamig até conseguiu uma decisão liminar de reintegração de posse, mas outra decisão do TJMG suspendeu a desocupação da área.  Enquanto não há definição, todos estão perdendo. A Epamig possui uma verba de mais de R$ 2 milhões do PAC, gerenciado pela Embrapa, para fazer uma revitalização da fazenda, mas diante do impasse nada pode ser investido. Por outro lado, os trabalhadores estão sofrendo com moradias inadequadas e vivendo precariamente.

Autor: Farley Rocha

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