"Querem me atingir? Venham pra cima de mim", diz Bolsonaro sobre investigações contra Flávio

O MP identificou negociações de 19 imóveis por mais de R$9 milhões feitas por Flávio Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro indicou nesta quinta-feira que as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) que envolvem um de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), são uma tentativa de atingi-lo, e colocou seu sigilo fiscal à disposição.

“Querem me atingir? Venham para cima de mim! Podem vir para cima de mim. Querem quebrar meu sigilo, eu sei que tem que ter um fato, mas eu abro o meu sigilo. Não vão me pegar”, disse Bolsonaro em Dallas, nos Estados Unidos, ao ser questionado por repórteres sobre as investigações do MPRJ que envolvem Flávio.

O presidente, que viajou aos EUA para receber uma premiação da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, disse que “grandes setores da mídia” estão insatisfeitos com o governo porque é “um governo de austeridade, é um governo de responsabilidade com o dinheiro público, é um governo que não vai mentir e não vai aceitar negociações, não vai aceitar conchavos para atender interesse de quem quer que seja. E ponto final”.

Flávio Bolsonaro passou a ser investigado pelo Ministério Público após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimentações atípicas de seu ex-assessor parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Fabrício Queiroz. Também foram identificados depósitos suspeitos na conta do próprio senador.

Reportagem publicada no site da revista Veja na quarta-feira afirmou que o MP apontou indícios de que Flávio tenha utilizado negociações de imóveis para lavar dinheiro entre 2010 e 2017. A suspeita foi apontada pelo MPRJ ao solicitar a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador, que foi concedida pela Justiça Rio de Janeiro.

Segundo os promotores, o então deputado estadual teria lucrado 3 milhões de reais em transações imobiliárias de 9 milhões de reais envolvendo 19 imóveis em que há “suspeitas de subfaturamento nas compras e superfaturamento nas vendas”, disse a Veja.

Em nota publicada no Twitter, o senador afirmou que “não são verdadeiras as informações vazadas na revista Veja acerca de meu patrimônio”.

“Continuo sendo vítima de seguidos e constantes vazamentos de informações contidas em processo que está em segredo de justiça. Os valores informados são absolutamente falsos e não chegam nem perto dos valores reais. Sempre declarei todo meu patrimônio à Receita Federal e tudo é compatível com a minha renda”, acrescentou.

O senador lamentou que “algumas autoridades do Rio de Janeiro continuem a vazar ilegalmente à imprensa informações sigilosas, querendo conduzir o tema publicamente pelos meios de comunicação e não dentro dos autos”, e disse que ficará provado dentro do processo legal que jamais cometeu qualquer irregularidade.

Reportagem do jornal Folha de S.Paulo desta quinta-feira afirma que a quebra do sigilo de Flávio atinge também ao menos cinco ex-assessores do presidente Jair Bolsonaro que trabalharam tanto no gabinete do pai quando era deputado federal como no de Flávio na Alerj.

Fonte: Agência Reuters

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