Procurador diz que PF quer explicações sobre doações com dinheiro da Petrobras

Os envolvidos poderão responder, pelos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Em entrevista concedida há pouco em Curitiba, o procurador regional da República, Carlos Fernando Lima, disse que a nona fase da Operação Lava Jato foi desencadeada a partir de informações de "colaboradores" que se beneficiaram da delação premiada. Acrescentou que a força-tarefa responsável pelas investigações tem trabalhado "no sentido de esgotar ao máximo o caso da Petrobras".

Segundo ele, a empresa investigada em Santa Catarina envolve, supostamente, contratos com a BR Distribuidora. No entanto, destacou que o trabalho ainda é "de semeadura, verificando provas de informações de colaboradores".

Com relação ao cumprimento de mandato coercitivo contra o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o procurador disse que o objetivo é saber sobre as doações – legais ou ilegais – de pessoas que mantinham contratos com a Petrobras. Carlos Fernando Lima destacou que ainda é "muito prematuro falar sobre colaborações em andamento". Acrescentou que a Polícia Federal (PF) tem "informações de doações legais e ilegais de pessoas que tinham contratos com a estatal. Os recursos nem sempre passam por destino legal".

O delegado da PF, Igor Romário de Paula, disse que o esquema montado "tem operadores importantes". Para ele, há "indícios" que levam "a crer que eles operavam como Alberto Youssef e Fernando Baiano". Os mandados de prisão ocorrem em Santa Catarina e no Rio de Janeiro.

A Polícia Federal desencadeou, hoje (5) de manhã, mais uma fase da Operação Lava Jato. Até o momento, dois mandados de prisão temporária foram cumpridos e as pessoas serão levadas ainda hoje para Curitiba. Elas não tiveram seus nomes divulgados.

Cerca de 200 policiais federais, com o apoio de 25 servidores da Receita Federal, cumprem 62 mandados judiciais: um de prisão preventiva, três de prisão temporária, 18 de condução coercitiva e 40 de busca e apreensão nos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro, da Bahia e de Santa Catarina.

De acordo com a PF, esta fase é fruto da análise de documentos e contratos apreendidos anteriormente. Também contribuíram para a nova etapa da operação as informações oriundas da colaboração de um dos investigados, além da denúncia apresentada por uma ex-funcionária de uma das empresas investigadas.

Os envolvidos poderão responder, na medida de suas participações individuais, pelos crimes de fraude em licitação, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Fonte: Agência Brasil

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