Primeiro teste em humanos de vacina contra Covid-19 de Oxford é promissor

A vacina está sendo testada desde o mês passado no Brasil em Fase 3 de estudos clínicos

Uma vacina experimental contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford produziu uma resposta imunológica em testes clínicos de estágio inicial, mostraram dados do ensaio nesta segunda-feira, o que mantém a esperança de que possa ser usada até o final do ano.

A vacina chamada AZD1222 foi descrita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal candidata de uma disputa global para deter uma pandemia que já matou mais de 600 mil pessoas.

Mais de 150 vacinas em potencial estão em estágios variados de desenvolvimento. A farmacêutica norte-americana Pfizer e a chinesa CanSino Biologics também relataram reações positivas de suas candidatas nesta segunda-feira.

A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford não apresentou efeito colateral grave e provocou reações imunes com anticorpos e células T, de acordo com resultados de testes publicados na revista médica The Lancet, e a melhor resposta foi vista em pessoas que receberam duas doses.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, cujo governo ajudou a financiar o projeto, classificou os resultados como uma “notícia muito positiva”, mas os pesquisadores alertaram que o projeto ainda está em um estágio inicial.

“Ainda há muito trabalho a ser feito antes de podermos confirmar se nossa vacina ajudará a administrar a pandemia de Covid-19”, disse a pesquisadora Sarah Gilbert, que trabalha no desenvolvimento da vacina.

“Ainda não sabemos quão forte precisa ser a reação imune que provocamos para proteger efetivamente contra a infecção de Sars-CoV-2”, acrescentou.

As ações da AstraZeneca subiram 10%, mas depois perderam a maior parte desse ganho e fecharam o pregão com alta de 1,45%.

A AstraZeneca assinou acordos com governos de todo o mundo, inclusive o Brasil, para fornecer a vacina caso ela se mostre eficiente e obtenha aprovação regulatória. A empresa disse que não buscará lucrar com a vacina durante a pandemia.

A AZD1222 foi desenvolvida por Oxford e licenciada para a AstraZeneca, que já a submeteu a testes de estágio final de larga escala em alguns países para averiguar sua eficiência, com participação do Brasil.

Os resultados do teste mostraram uma reação imunológica mais forte em 10 pessoas que receberam uma dose extra da vacina depois de 28 dias, ecoando um teste com porcos.

O teste incluiu 1.077 adultos saudáveis de 18 a 55 anos sem histórico de Covid-19. Pesquisadores disseram que a vacina provocou efeitos colaterais brandos com mais frequência do que ocorre em um grupo de controle, mas que alguns destes puderam ser reduzidos com o uso de paracetamol.

Fonte: Reuters

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