Presídio de Patos de Minas tem 8 casos de Covid-19 e onze de tuberculose

Várias medidas foram adotadas para evitar a contaminação dos demais.

O Patos Hoje confirmou a informação de que vários detentos haviam testado positivo para Covi-19 e também tuberculose nessa sexta-feira (22). Oito detentos testaram positivo para coronavírus e 11 para tuberculose. No entanto, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (SEJUSP) confirmou apenas 1 caso de coronavírus e 11 de tuberculose. Várias medidas foram adotadas para evitar a contaminação dos demais.

De acordo com a nota encaminhada pela Assessoria de Comunicação da Sejusp, por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), conforme levantamento das 16h dessa sexta-feira (22), havia um preso com diagnóstico positivo para a covid-19 no Presídio de Patos de Minas. No entanto, informações levantadas pelo Patos Hoje dão conta de que foram 8 detentos com exame positivo.

Segundo a nota, este custodiado estaria assintomático ou com sintomas leves da doença e cumpre período de quarentena dentro da unidade prisional, acompanhado pela equipe de saúde do presídio. A ala em que ele se encontra foi isolada e desinfectada. O levantamento de detentos confirmados para a covid-19 é realizado diariamente e sua próxima atualização será amanhã, após as 10h.

A Secretaria confirmou que outros onze detentos do Presídio de Patos de Minas tiveram diagnóstico de tuberculose nesta sexta-feira (22). Eles também são acompanhados por equipe de saúde dentro da unidade.

A Ascom informou que várias ações vêm sendo adotadas nas unidades prisionais para evitar a disseminação do coronavírus. Para evitar a contaminação por novos presos, foram criadas 30 unidades de referência, distribuídas em todo o território mineiro, que funcionam como centros de triagem e portas de entrada para novos custodiados do sistema prisional.

Todas as pessoas presas em Minas Gerais estão sendo encaminhadas para uma unidade específica em cada região e ficam, pelo menos, 15 dias, em quarentena e observação, evitando possível contágio caso fossem encaminhadas de imediato para outras unidades. Após a observação e atestada a sua saúde, são encaminhadas para as demais unidades prisionais do Estado.

Em setembro de 2020, o Depen-MG iniciou a retomada gradual das visitas presenciais no sistema prisional, de acordo com as ondas do Minas Consciente de cada macrorregião. A lista de unidades em cada onda é atualizada semanalmente no site da Sejusp, às quintas-feiras. As unidades prisionais seguem os protocolos previstos para a onda da macrorregião na qual estão localizadas, exceto aquelas que são classificadas como portas de entrada. Os familiares também podem ter contato com seus parentes de outras três formas: por meio de cartas (ação prevista para todas as unidades e com média de 35 mil recebimentos por semana), ligações telefônicas (cujo número é diferente em cada unidade e deve ser fornecido pelo presídio ou penitenciária; a média semanal é de 15 mil ligações realizadas) ou videoconferências nas unidades em que essa tecnologia já está disponível. Mais de 90% das unidades prisionais realizam visitas familiares por videoconferência. Esta modalidade continuará acontecendo mesmo diante da retomada das visitas.

No caso de presos que já se encontram no sistema prisional, caso apresentem sintomas da covid-19, o protocolo é o seguinte: isolamento imediato, realização de exames e, em caso de confirmação, tratamento segundo protocolo da área da Saúde. Em todas as unidades em que há presos com covid-19 confirmados, a desinfecção do ambiente também é imediata e todos os demais detentos passam a usar máscaras, de forma preventiva.

Imprescindíveis para a segurança das unidades, os profissionais estão com as escalas de trabalho dilatadas, de forma a diminuir a circulação desses servidores intra e extramuros. Foram também instalados equipamentos para a realização de videoconferências judiciais em todas as unidades prisionais que estão, aos poucos, se adaptando para uso dessa ferramenta. Com isso, evita-se o deslocamento da maioria dos presos para o ambiente extramuros e diminui-se o risco de contágio pelo coronavírus.

Já foram realizadas mais de 6 mil videoconferências judiciais neste período de pandemia - uma parceria com o Poder Judiciário que deve se estender no período pós pandemia por resultar em ganhos positivos para todos os atores envolvidos.

As áreas estruturais como celas, pátios, áreas administrativas e técnicas, portarias, guaritas e, também, veículos estão passando por higienização reforçada, semanal, durante a pandemia. E, por último, o sistema prisional está produzindo máscaras para uso nas próprias unidades e segurança de todos. No interior das unidades prisionais já foram produzidas 4,5 milhões de máscaras por custodiados. Todos os servidores são obrigados a circular no interior das unidades de EPIs e, a eles, este material é fornecido sistematicamente. Os presos também utilizam máscaras quando estão com algum sintoma suspeito ou quando pertencem a alas ou pavilhões onde outro detento foi testado positivo para a doença.

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