PM vai cumprir ordem judicial em fazenda e encontra lavrador em situação de escravidão

Um homem foi flagrado vivendo em condições sub-humanas em uma fazenda de Carmo do Paranaíba.

O homem morava dentro de um barracão para gado.

A escravidão no Brasil foi abolida em 1888, mas, por incrível que pareça, ela ainda continua fazendo vítimas em pleno século XXI. Nessa quinta-feira (04), a Polícia Militar se deparou com uma situação que vai contra totalmente à dignidade da pessoa humana. Um homem foi flagrado vivendo em condições sub-humanas em uma fazenda de Carmo do Paranaíba.

De acordo com o Tenente Diomásio, comandante da companhia da PM de Carmo do Paranaíba, os policiais foram até uma fazenda na zona rural do município cumprir um mandado de busca e apreensão para encontrar armas de fogo e se depararam com a dura realidade. “Um homem trabalhava em regime de escravidão”, ressaltou.

O policial informou que o dono da fazenda pagava ao trabalhador somente R$200,00 a cada dois meses, o que equivale a menos de 10% do salário mínimo mensal. E isso nem é o principal. O lavrador vivia ora em barraca, ora em um quartinho, ambos dentro de um barracão de gado, em meio a muita sujeira. Tudo sem banheiro ou energia elétrica.

E a situação degradante não para por aí. O lavrador era obrigado a tirar leite, capinar, cortar madeira, carregar objetos pesados e etc. Para isso, o patrão ainda lhe fornecia bebida alcoólica para deixá-lo sempre embriagado. “Ele mantinha o vício da pobre alma que já se encontrava há dois anos nessa situação”, afirmou o oficial.

Os policiais fizeram buscas no local, no entanto o dono da fazenda não foi encontrado. Os policiais apreenderam no imóvel duas moto serras que estavam sem a devida documentação. A vítima da escravidão foi encaminhada para a cidade onde foi entregue para os familiares que foram informados sobre a situação.

O caso foi repassado para a Polícia Civil de Carmo do Paranaíba que tomará outras providências. A Polícia Militar de meio Ambiente deverá ir até o local para verificar se há algum crime contra o meio ambiente. O militar informou que havia muita madeira cortada no local. Diomásio também disse que irá oficiar o Ministério Público do Trabalho para as demais providências.

Autor: Farley Rocha

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