Patos de Minas volta a gerar mais empregos e já supera os 51 mil empregos formais

O saldo foi de 362 empregos a mais do que no mês anterior

Como vem acontecendo no cenário nacional e estadual, a Capital do Milho mais uma vez teve mais admissões do que demissões. O saldo no mês de abril foi de 362 empregos formais a mais do que no mês anterior. Com o resultado, Patos de Minas chegou a um estoque de 51.433 empregos formais.

De acordo com o painel de informações do CAGED, foram 2934 admissões contra 2572 desligamentos, tendo saldo positivo em todos os setores. O agrupamento dos serviços foi que o que mais cresceu com 164 novas vagas. Em seguida, o comércio com 67; a agropecuária com 66; a indústria com 44 e por último a construção civil com 21 novos empregos formais.

Cenário Estadual

Pelo quarto mês consecutivo, Minas Gerais mantém saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada. Os dados mais recentes do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), referentes a abril, apontam um saldo de 25.868 empregos formais criados no estado no período.

Este número é resultado de 251.622 admissões e 225.754 desligamentos registrados em abril. Nos demais meses do ano, o saldo também foi favorável, totalizando 113.971 vagas criadas e ocupadas em 2024.

Com base nas análises do Novo Caged, Minas Gerais se mantém como o segundo estado do país com maior estoque de empregos, atrás apenas de São Paulo. Um total de 4,8 milhões de pessoas têm carteira assinada em Minas, nos setores público e privado.

Os novos empregados contratados são, em sua maioria, homens de 18 a 24 anos, com ensino médio completo. T odos os cinco grupos econômicos de Minas Gerais registraram um desempenho positivo em abril. A diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidades de Trabalho da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (Sedese-MG), Amanda Siqueira Carvalho, aponta que o setor de Serviços foi o grande destaque no mês.

“O setor de Serviços gerou mais de 12 mil vagas no último mês e, no acumulado do ano, mais de 58 mil postos de trabalho. Isso reforça a importância do segmento para a economia e a contribuição para o desenvolvimento do estado”, explica.

O restante do saldo de postos de emprego criados foi composto pelos setores de Construção (5.146), Indústria (3.706), Agropecuária (2.108) e Comércio (2.100).

Cenário Nacional

A taxa de desemprego no trimestre encerrado em abril ficou em 7,5%, o menor para o período desde 2014. O índice é considerado estável em relação ao trimestre móvel terminado em janeiro de 2024 (7,6%) e 1 ponto percentual (p.p) abaixo do apurado no mesmo período de 2023 (8,5%).

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A Pnad apura todas as formas de ocupação de pessoas a partir de 14 anos de idade, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

A população desocupada, ou seja, quem não trabalhava e estava à procura de alguma ocupação, ficou em 8,2 milhões, sem variação significativa em relação ao trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024, porém 9,7% menor que o apontado no mesmo período de 2023. Isso representa menos 882 mil desocupados.

O número de trabalhadores ocupados chegou a 100,8 milhões, considerado estável em relação ao trimestre terminado em janeiro de 2024. Em relação a 12 meses atrás, houve acréscimo de 2,8%, o que representa mais 2,8 milhões de pessoas com trabalho.

De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o cenário do emprego no país vem apresentando resultados positivos. “É um mercado de trabalho que segue com redução na taxa de desocupação e expansão no número de trabalhadores”, afirma.

Ela cita dois elementos sazonais no trimestre encerrado em abril que explicam a estabilidade na desocupação em 2024: a redução das perdas de emprego no comércio e a volta da contratação de trabalhadores do setor público nas áreas de saúde e educação, notadamente no ensino fundamental.

“Já na comparação com o ano passado, o cenário é de manutenção de ganhos da população ocupada, trabalho com carteira assinada e rendimento do trabalhador”.

Carteira assinada

O número de trabalhadores com carteira assinada chegou a 38,188 milhões, um recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. O contingente de trabalhadores sem carteira também foi recorde, chegando a 13,5 milhões.

A taxa de informalidade ficou em 38,7% da população ocupada, o que significa 39 milhões de trabalhadores informais, patamar próximo ao do trimestre móvel encerrado em abril de 2023 (38,9%).

“A informalidade é muito significativa na composição da nossa população ocupada, mas, nos últimos trimestres, tem ficado relativamente estável”.

Rendimento

O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 3.151, alta de 4,7% em 12 meses. Com isso, a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores do país, dinheiro que serve para dinamizar a economia, chegou a R$ 313,1 bilhões, recorde da série histórica e 7,9% acima do mesmo período de 2023.

Entre os motivos para esses números positivos, a pesquisadora do IBGE elenca o crescimento do emprego formal, caracterizado por ter melhores rendimentos, e a volta da contratação no serviço público em atividades ligadas ao ensino fundamental.

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