Mulher matou mãe e filha após fraude em financiamento de apartamento ser descoberta em MG, conclui PC

Ela recebia dinheiro da mãe para pagar financiamento de apartamento, mas imóvel já estava quitado

Uma mulher de 34 anos foi indiciada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) pelas mortes da mãe, uma idosa de 67 anos, e da filha, uma criança de 10, registradas no dia 15 deste mês, no bairro Piratininga, em Belo Horizonte. Com a conclusão do inquérito, a investigada irá responder por duplo homicídio, qualificado por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.

Conforme apurado pela equipe de Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação para o crime seria vingança. As investigações apontam que a suspeita teria matado a mãe, no dia 13 de março, após ser confrontada pela vítima. A idosa, que pagava pelo financiamento do apartamento no qual morava com a filha e a neta, teria descoberto que o imóvel já estava quitado desde novembro do ano passado. Como ela repassava o dinheiro para a filha fazer o pagamento das parcelas, decidiu questionar a investigada, motivo pelo qual foi estrangulada com um golpe conhecido como mata-leão. Depois de matar a mãe, a mulher cobriu o corpo com um lençol e jogou borra de café ao redor para evitar mau cheiro.

No dia seguinte à morte da mãe (14/3), a mulher matou a filha. Como a idosa era responsável por manter as contas da casa, a suspeita percebeu que não teria como arcar com a criação da menina. De acordo com a chefe do DHPP, Letícia Gamboge, a suspeita relatou que teria decidido se matar, mas, antes, conversou com a filha. “Em uma situação inusitada e repugnante, ela [suspeita] deu opção à filha que seria morrer ou ir para um abrigo, algo que chocou a todos nós no transcorrer da investigação”, contou Gamboge.

O chefe da Divisão Especializada de Investigação de Crimes Contra a Vida (DICCV), Frederico Abelha, explicou que a suspeita primeiro tentou cortar os pulsos da criança, mas não conseguiu, já que a faca estava pouco afiada e a menina gritava de dor. A mulher então tentou estrangular a filha, como havia feito com a mãe, mas a vítima se debatia muito, motivo pelo qual ela amarrou as mãos da criança para trás e, então, a estrangulou.

No dia 15, após os dois homicídios, a mulher teria destravado o registro do gás da casa e colocado a cabeça sobre a trempe do fogão, possivelmente tentando um suicídio. Ao sentir o cheiro forte, os vizinhos acionaram o Corpo de Bombeiros Militar, que encontrou a mulher desacordada. Ela foi encaminhada ao hospital para atendimento médico e, dias depois de ser transferida para o sistema prisional, precisou ser internada novamente, permanecendo em unidade hospitalar até hoje.

Investigação

A delegada que coordena as investigações, Iara França, contou que, inicialmente, a mulher teria dito que matou a mãe durante uma brincadeira. Porém, por meio de investigações, a PCMG apurou que a versão não se sustentava. “Essa mulher [suspeita] é uma pessoa extremamente manipuladora, fria e possessiva. Ela tinha todo o controle da casa, não trabalhava [...], não queria fazer o serviço da casa nem trabalhar fora, não queria tomar conta da própria filha”, disse Iara, que ainda ressaltou que quem cuidava da criança era a avó. A delegada contou ainda que a suspeita não tem nenhum histórico de depressão ou de uso de medicamento controlado.

“É importante frisar que o fato de uma pessoa ter uma parafilia ou um distúrbio mental não quer dizer que ela seja inimputável e responsável pelas próprias ações. Se ao momento do fato ela tinha entendimento de que aquilo estava ocorrendo, da forma como estava ocorrendo, e ela agiu durante dois, três dias, de uma forma regular, isso é um indicativo de que ela sabia muito bem o que ela estava fazendo”, concluiu Abelha.

Segundo apurado, a suspeita fazia uso de drogas ilícitas, entre maconha e cocaína, e o pai da criança vítima do homicídio, que tinha envolvimento no tráfico de drogas, foi assassinado em 2018. Ainda conforme levantamentos, a criança foi afastada do convívio com parentes paternos, já que a suspeita não aceitava o contato deles com a menina.

Fonte: Ascom PCMG

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