MP processa Prefeitura e a Igreja Católica por descaso com Matriz de Santana de Patos

A promotora de Justiça Vanessa Dosualdo Freitas pede na ação civil pública tutela de urgência para que medidas emergenciais sejam tomadas no prazo de 30 dias.

Foram encontrados vários danos da estrutura da igreja.

O Ministério Público de Minas Gerais, através da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, ajuizou Ação Civil Pública contra a Prefeitura de Patos de Minas e contra a Mitra Diocesana por descaso com a Igreja Matriz de Santana de Patos que está interditada e corre risco de desabar. A promotora de Justiça Vanessa Dosualdo Freitas pede na ação civil pública tutela de urgência para que medidas emergenciais sejam tomadas no prazo de 30 dias.

A Igreja Matriz de Santana foi construída no distrito de Santana de Patos no século XIX, em meados de 1820, antes do nascimento de Patos de Minas. O estilo arquitetônico e artístico da construção é da última fase do barroco mineiro. Com importante significado e valor histórico, a Matriz de Santana foi tombada pelo Patrimônio Histórico do Município. Mas isso não garantiu a proteção da estrutura.

No ano de 2013, a Igreja teve que ser interditada por apresentar problemas no telhado. Uma reforma foi iniciada, mas segundo o Ministério Público não foi concluída de forma adequada e, em 2017, a Matriz de Santana teve que ser interditada novamente pela Defesa Civil, após encontrar pilares e estacas com risco de ruína. O imóvel passou por intervenção de urgência, com a colocação de sapatas, mas isso não foi suficiente para promover a desinterdição do prédio.

Segundo a promotora Vanessa Dosualdo Freitas, o Ministério Público vem buscando há cerca de 5 anos um acordo para a restauração da Igreja. “O Ministério Público realizou diversas reuniões com representantes do Município, da Mitra Diocesana, da Associação Cultural e Educacional Santa Terezinha e do Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico. Todavia, por diversos fatores, as partes não atingiram consenso quanto às atribuições, de modo que o imóvel permanece sem reparos”, explicou.

Atualmente, a Igreja de Santana de Patos encontra-se em estado avançado e crescente de degradação, em razão, principalmente, da infestação de cupins, que se proliferam e vem consumindo o madeiramento e outros elementos do imóvel tombado. “Diante disso, o Ministério Público ajuizou a Ação Civil Pública contra a Prefeitura e contra a Mitra Diocesa de Patos de Minas para garantir a preservação do importante bem tombado”, explicou.

Na Ação, o Ministério Público pede para que a Justiça determine à Prefeitura e a Mitra Diocesana para que façam, no prazo de 30 dias, a descupinização de toda a igreja e seu entorno, incluindo a praça e promova a proteção dos elementos artísticos integrados, como altares, arco cruzeiros, ladrilhos e outros elementos. O órgão pede ainda a condenação do Município e da Igreja Católica para que promova a restauração integral da construção.

A redação do Patos Hoje solicitou posicionamento da Mitra Diocesana e da Prefeitura de Patos de Minas. A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Patos de Minas informou que ainda não recebeu a ação.

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