Morre Alysson Paolinelli meses após receber homenagem e ter busto inaugurado em Patos de Minas

Ele tinha grande ligação com a cidade e recentemente recebeu homenagens do Sindicato dos Produtores Rurais.

A morte do ex-ministro e ex-secretário de agricultura, Alysson Paolinelli, foi bastante sentida por produtores e entidades ligadas ao agronegócio em Patos de Minas. Ele tinha grande ligação com a cidade e recentemente recebeu homenagens do Sindicato dos Produtores Rurais. Relembre como foi a imagem.

A morte do ex-ministro Alysson Paolinelli teve repercussão nacional pela importância que ele teve no desenvolvimento da agricultura nacional. O Governo do Estado emitiu nota de pesar e o govenador Romeu Zema decretou luto de três dias.

“É com imensa tristeza que o governador Romeu Zema lamenta a morte do professor, engenheiro agrônomo e ex-ministro da Agricultura do Brasil, Alysson Paulinelli (1936-2023). O professor de 86 anos, nascido em Bambuí, na região Centro-Oeste de Minas, deixa a esposa, Marisa Gonzaga, e um imenso legado para a agricultura do Brasil e do mundo.

Paolinelli foi ex-secretário da Agricultura de Minas Gerais em três oportunidades (1971-1974 | 1991-1994 | 1995-1998). Durante sua primeira gestão, idealizou e coordenou a implementação de uma nova matriz produtiva baseada em um modelo sustentável, unindo novas tecnologias a incentivos de políticas de crédito para estimular a modernização da agricultura mineira. Com essa política, transformou Minas Gerais no maior produtor de café do país, ao alavancar o desenvolvimento de plantações no Cerrado mineiro, por meio de novas técnicas de plantio desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), em parceria com as Universidades Federais de Lavras e Viçosa.


Também atuou como ministro da Agricultura (1974-1979), quando realizou a chamada Revolução Verde no Brasil, ao levar a experiência em Minas para outras regiões do país, transformando a até então improdutiva área do bioma do Cerrado brasileiro em um dos principais polos de produção de alimentos do país. Essa política lhe rendeu a premiação do World Food Prize (2006), a maior condecoração da agricultura no mundo. Paolinelli também ficou conhecido por defender a prática da plantação intercalada, ora voltada à determinada cultura de plantio, ora usada para pastagens, fortalecendo a manutenção nutritiva dos solos a longo prazo.

O professor ainda exerceu importante participação legislativa, ao ser eleito para o mandato de deputado federal constituinte, em Brasília, entre 1987 e 1991. Foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz por dois anos consecutivos, em 2021 e 2022, como reconhecimento de uma carreira voltada para produções sustentáveis e modernas, tendo participação singular no desenvolvimento de políticas para alavancar o desenvolvimento da agricultura do país e melhorar a qualidade nutricional da vida de milhões de brasileiros.

O legado que deixou em vida para as gerações futuras serve hoje de alento para os amigos e familiares que sofrem com essa perda”.

Além do decreto de Luto Oficial por três dias, o Governo de Minas também ofereceu à família o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, para o Velório.

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