Mesmo após tragédia com garotinho Pedro, buracos continuam abertos no loteamento; família pede ajuda

Eles também denunciam a falta de apoio da Prefeitura e dos responsáveis pela obra.


A tragédia envolvendo o garotinho Pedro Augusto Ferreira Alves, de 8 anos, em Carmo do Paranaíba, parece não ter mostrado para os responsáveis pelo loteamento os riscos que buracos de construção abertos e sem sinalização podem provocar. Nesta quarta-feira (24), familiares do garotinho flagraram outros diversos buracos expostos no local. Eles também denunciam a falta de apoio da Prefeitura e dos responsáveis pela obra.

Ainda em luto pela perda do sobrinho, Uanderson Barbosa Ferreira, tio de Pedro, entrou em contato com o Patos Hoje e relatou a situação. Bem próximo onde a família reside, o loteamento continua provocando diversos riscos. O buraco causador da tragédia foi tampado e sinalizado com fitas zebradas. No entanto, nas imediações é possível contabilizar diversos outros buracos que podem servir de armadilha para as pessoas.

Uanderson mostrou que os buracos estão por vários pontos do loteamento sem qualquer sinalização ou proteção. “Outras crianças, pessoas idosas ou até mesmo adultos podem ser vítimas aqui. Nós vamos entrar na justiça não para ter dinheiro porque isso não vai trazer o Pedro de volta, mas para que isso não volte a acontecer com mais ninguém”, destacou. Ele ressaltou ainda que não há iluminação no loteamento, o que torna o local à noite muito mais perigoso.

Uanderson falou que a irmã, mãe de Pedro, não consegue morar mais no imóvel e está tentando ajuda para mudar de residência. “Basta olhar pra cima, ela se lembra do filho”, disse apontando para o loteamento. Sem condições para quitar as custas funerárias, a família teve que fazer uma vaquinha. “As pessoas estão muito solidárias. Já conseguimos o dinheiro para pagar a funerária. Agora, ela está precisando de ajuda para mudar de casa”, disse.

O Patos Hoje também recebeu informações de que o loteamento já havia sido alvo de outras denúncias em Carmo do Paranaíba, tendo inclusive ocorrência policial registrada. A Agência de Comunicação da Polícia Militar foi contatada para confirmar esta informação e aguarda um posicionamento. A Polícia Civil já abriu um inquérito para apurar as causas da do acidente. A morte de Pedro teria sido por sufocação e asfixia indireta. O menino brincava com a prima no terreno quando escorregou e caiu na estrutura, sendo resgatado pelo Corpo de Bombeiros, após 18 horas de trabalho.

Eles cobraram medidas para eliminar os riscos de acidentes no local. E para ajudar a família, as pessoas podem contribuir através da chave pix CPF 134 155 596 88 em nome de Paloma Barbosa Ferreira, mãe de Pedro.

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